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    Passe Livre diz que discussão sobre trajeto visa desviar foco dos protestos

    FELIPE SOUZA
    DE SÃO PAULO

    18/01/2016 15h22

    O MPL (Movimento Passe Livre) afirmou que as discussões sobre os trajetos das manifestações em São Paulo têm apenas a intenção de tirar a atenção do tema discutido.

    "O Estado e a prefeitura querem desviar o foco, que é o aumento abusivo das tarifas em plena crise econômica e cobrar mais do cidadão por um transporte ruim", disse a porta-voz do Passe Livre Liviane Pinheiro, 30.

    Membros Passe Livre participaram nesta segunda-feira (18) de uma reunião convocada pelo Ministério Público para debater diretrizes para os próximos protestos. A Promotoria também se reuniu com o secretário-adjunto da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, e com representantes da prefeitura.

    Pinheiro disse que a divulgação dos trajetos dos protestos depende de uma decisão conjunta do movimento. "Cada manifestação é uma tática diferente. Amanhã nós faremos uma e [o trajeto] será anunciado, mas nós somos um movimento que não quer decidir nada de baixo para cima", disse.

    Ela afirmou ainda que a informação do trajeto com uma breve antecedência, como costuma fazer o MPL, não é uma barreira para o poder público se organizar. "A gente acha que esse não é um problema porque em 2013 a gente avisava 40 minutos antes e tudo foi feito nos conformes", disse Pinheiro.

    Assista

    O procurador-geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa, disse que a reunião serviu para fazer recomendar ao Passe Livre sobre a importância de definir o trajeto com antecedência para reduzir o índice de incidentes. "Conhecendo o trajeto, o serviço público pode se preparar e adotar providências para que não haja confinamento", afirmou.

    O procurador não determinou, porém, o tempo ideal para os órgãos públicos se prepararem, mas aponta como "razoável" o anúncio antecipado de quatro horas feito pelo grupo antes da manifestação da última quinta-feira (14) .

    Rosa afirmou ainda que recomendou para que o Metrô tome medidas necessárias para evitar aglomerações e tumultos como o do último protesto. Ele não detalhou, mas uma das medidas por ser a liberação das catracas para os manifestantes.

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