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    Alckmin assina convênio para agilizar obras do Museu da Língua Portuguesa

    DE SÃO PAULO

    22/01/2016 12h31

    Um mês após incêndio destruir o Museu da Língua Portuguesa e parte da estação da Luz, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), assinou um convênio com a Fundação Roberto Marinho, que implantou o museu, e com a organização social ID Brasil para a acelerar a reconstrução e restauração.

    "Nós assinamos hoje um convênio com a Fundação Roberto Marinho que vai nos ajudar a liderar esse trabalho de reconstrução do museu. Quero destacar que em tempo recorde, 30 dias, nós estamos com 90% da área liberada e, agora, com esse convênio conseguiremos realizar o trabalho o mais rápido possível", disse Alckmin, após o encontro realizado no Palácio dos Bandeirantes nesta quinta-feira (21).

    A Secretaria do Estado da Cultura informou o convênio vai garantir celeridade às obras de restauro, que serão alavancadas com a indenização do seguro –prédio tinha apólice contra incêndios no valor de R$ 45 milhões. "A seguradora já vistoriou o local e está analisando o valor final do prêmio. Além disso, a secretaria também articulará outros parceiros e patrocinadores que já demonstraram interesse em apoiar a recuperação do Museu da Língua Portuguesa", disse, em nota, a pasta.

    Pelo convênio, a Fundação Roberto Marinho, que implantou o museu em 2006, será responsável por executar as obras de reconstrução, restauro e reinstalação do museu, inclusive com as revisões museográficas, com colaboração da secretaria e da ID Brasil, que gerencia o espaço.

    O diretor do Museu da Língua Portuguesa, Antonio Carlos Sartini, 55, disse no começo de janeiro que espera reabrir o espaço na estação Luz até 2018. "O governador inaugurou o museu em 2006. Imagino que queira reabri-lo em 2018, último ano do mandato. É uma convicção minha, acho que é possível."

    OBRAS

    Com orientação do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), a secretaria diz que as paredes do terceiro pavimento foram escoradas para garantir a estabilidade necessária à passagem dos trens e à segurança dos passageiros na área de embarque.

    A estação da Luz, no centro de São Paulo, foi reaberta parcialmente aos usuários no dia 31 de dezembro. Com a reabertura, os trens das linhas 7-rubi e 11-coral da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) voltaram a passar pela estação para embarque e desembarque de passageiros.

    As lajes foram limpas e os entulhos, retirados, para facilitar as avaliações técnicas necessárias antes do restauro. Nos próximos dias, segundo a secretaria, será entregue um laudo mais aprofundado indicando quais os impactos do incêndio à estrutura do edifício.

    Veja vídeo

    INCÊNDIO

    Patrimônio histórico na região central de São Paulo, o complexo da estação da Luz —que engloba a estação homônima de transporte e o Museu da Língua Portuguesa— foi parcialmente consumido por um incêndio no dia 21 de dezembro.

    O fogo começou por volta das 15h50 e foi controlado após duas horas e meia. O bombeiro civil Ronaldo Pereira, 39, que trabalhava no local, fechado às segundas para visitas, morreu após parada cardiorrespiratória devido à fumaça.

    Segundo o Corpo de Bombeiros, as chamas destruíram o segundo e o terceiro andares do prédio. O teto de madeira desabou. A estrutura da estação de trem, erguida em 1867, não sofreu dano.

    "O museu foi totalmente afetado, é uma tragédia", afirmou o secretário do Estado da Cultura, Marcelo Araujo, na ocasião. Todo o acervo do local é digital e, de acordo com ele, conta com cópia de segurança.

    O museu e todo o complexo da estação da Luz não tinham aval dos bombeiros para funcionar.

    Como era o Museu da Lingua Portuguesa

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