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    mosquito aedes aegypti

    Ministro da Saúde diz que país está perdendo a batalha contra a dengue

    YALA SENA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM TERESINA (PI)

    22/01/2016 22h18

    O ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou nesta sexta-feira (22) que o país está perdendo a batalha contra o mosquito Aedes aegypti.

    Ao participar de um seminário da Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz), em Teresina (PI), o ministro ressaltou que, se a população não participar do combate ao mosquito, a sociedade entra numa "batalha derrotada".

    "Esse mosquito está convivendo com a gente há pelo menos uns 30 anos e, infelizmente, nós estamos perdendo a batalha para ele", disse Marcelo Castro, ao apresentar o Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia para gestores e profissionais da saúde no Piauí, sua terra natal.

    Para o ministro, há risco de se criar uma geração que ele chamou de "sequelados", caso não haja a participação dos moradores no combate ao mosquito.

    "Não podemos perder essa guerra. Se não, teremos uma geração de sequelados e seremos responsabilizados pela história por não termos nos mobilizado para vencer esse problema", disse.

    Segundo Castro, no ano passado o país registrou o maior número de casos de dengue: 1 milhão e 600 mil. Foram mais de 800 mortes devido à doença.

    Para ele, a situação se agravou, pois, além de provocar a dengue e a chikungunya, o mosquito transmite a zika, que tem relação com o aumento de casos de microcefalia, má-formação cerebral, em bebês.

    "Enquanto tínhamos uma media de 150 casos de microcefalia por ano no país, de outubro para cá já são 3.893 casos notificados suspeitos de microcefalia. É uma verdadeira epidemia que temos de evitar para não ter uma geração de pessoas com deficiência ou transtornos."

    Marcelo Castro disse que o Ministério da Saúde busca com laboratórios estrangeiros desenvolver a vacina contra a zika. Segundo ele, dois terços dos criadouros do mosquito são encontrados em casas.

    Ao ser questionado por repórteres que acompanhavam o evento sobre uma possível perda de prestígio com a presidente Dilma, o ministro foi seco na resposta e disse que a informação não era verdadeira.

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