Após encontro com o presidente equatoriano Rafael Correa, em Quito, a presidente Dilma Rousseff disse que o vírus zika é uma preocupação de toda a região e que o governo brasileiro colocará um "extremo empenho" para combater o mosquito Aedes aegypti.

"Nós dessa região do mundo estamos todos preocupados com o vírus zika. O presidente Rafael Correa, o presidente da Colômbia, todos estamos", disse Dilma a jornalistas.

A presidente afirmou que o Brasil iniciará um "verdadeiro combate" ao vírus e disse "ter certeza" de que o país terá uma vacina contra o zika. "Se ainda hoje nós não temos uma vacina, temos certeza de que iremos ter, mas vai levar um tempo."

	Rodigo Buendia/AFP
	Dilma Rousseff e seu colega Rafael Correa se reúnem na sede da Presidência equatoriana, em Quito

Ela, no entanto, afirmou que a "melhor vacina (...) é o combate de cada um de nós, do governo, mas também da sociedade, eliminando todos os focos nos quais o mosquito vive e se reproduz".

"A fêmea, por exemplo, põe 400 ovos. Quanto mais água, mais esse mosquito se reproduz, e nós não podemos deixá-lo nascer. Então vai ser um combate casa a casa em que o governo vai colocar extremo empenho", afirmou.

Dilma evitou, contudo, falar sobre as declarações polêmicas do ministro da Saúde, Marcelo Castro. Uma das falas mais incômodas ao Planalto foi dada na última segunda (25), quando o ministro disse que o Brasil estava "perdendo feio a batalha para o mosquito".