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    Após mortes em série, polícia aumenta vigilância em Londrina (PR)

    JULIANA COISSI
    DE CURITIBA

    31/01/2016 17h53 - Atualizado às 19h15

    O governo do Paraná decidiu reforçar a equipe de policiais em Londrina (norte do Paraná) depois de uma série de 11 assassinatos, com mais 14 feridos, entre a noite de sexta-feira (29) e a madrugada de sábado (30). Nenhum suspeito havia sido preso até as 17h deste domingo (31).

    A série de assassinatos começou com a morte do policial Cristiano Luis Botino, 34, na zona norte da cidade, por volta das 20h de sexta. Na sequência, houve ataques em algumas casas, com dezenas de tiros disparados. A maioria dos mortos tinha aparência jovem, e um deles era mulher. Um dos feridos morreu na noite de sábado, segundo a Polícia Civil, no hospital.

    Um dos corpos levados ao IML de Londrina era de uma vítima de Ibiporã, cidade vizinha. Neste domingo, a Sesp (Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária) disse que, como a morte ocorreu em confronto com a polícia, esse caso não tem relação com os demais.

    A pasta diz que nenhuma linha de investigação é descartada, inclusive a hipótese de participação de policiais nos assassinatos após a morte de Botino.

    Segundo a secretaria, equipes de inteligência da polícia e do sistema prisional não encontraram nenhum indicativo de que as mortes aconteceram por determinação do comando de facções criminosas.

    Na tarde deste domingo, em entrevista à imprensa, o secretário Wagner Mesquita anunciou que 80 policiais militares foram deslocados para Londrina para reforçar o policiamento nas ruas. A força-tarefa deve operar por dez dias, sujeita a prorrogação.

    Os policiais extras vão ajudar a realizar barreiras e abordagens de pessoas e veículos suspeitos em pontos críticos.

    As imagens de 80 câmeras de monitoramento espalhadas pela cidade também foram desviadas para o Centro Integrado de Comando e Controle da Segurança Pública, em Curitiba, em busca de suspeitos e pista dos assassinatos.

    Apesar de questionado, o secretário não deu detalhes sobre a motivação dos crimes nem sobre o perfil das vítimas. A justificativa é que as investigações ainda estão em curso. Apesar de nenhum suspeito ter sido preso, o secretário disse que as equipes de investigação estão trabalhando com prioridade no caso.

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