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    Crise da água

    Flagrantes de furto de água crescem 24% em 2015

    DE SÃO PAULO

    02/02/2016 15h29

    Balanço divulgado pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo) nesta terça-feira (2) aponta crescimento de 24% no número de flagrantes de furto de água no ano passado em comparação com o mesmo período de 2014.

    Entre janeiro e dezembro de 2015 foram 19,2 mil flagrantes ante 15,6 mil, em 2014, na Grande São Paulo e na região de Bragança Paulista, onde ficam as represas do sistema Cantareira.

    Foram 3,7 bilhões de litros de água potável, suficientes para abastecer quase 400 mil pessoas por um mês inteiro. É o volume desviado por fraudes, segundo balanço de irregularidades flagradas pela Sabesp de janeiro a dezembro de 2015. Essa água é suficiente para abastecer uma cidade do porte de Diadema por um mês. O valor cobrado dos fraudadores foi de R$ 32,6 milhões.

    A Sabesp detectou 19,2 mil fraudes no ano passado, nos municípios atendidos pela companhia na Grande São Paulo e na Região Bragantina.

    Vários fatores levaram a esse aumento geral de 24% de irregularidades identificadas com relação a 2014, que registrou 2,6 bilhões de litros furtados, sendo 37% maior em indústrias e 16% em comércios, setores que geralmente consomem mais água e com tarifa mais elevada, além de 20% em residências. Para os fraudadores identificados, a Sabesp cobra pelo que foi desviado, recuperando a água fornecida e não paga.

    Com cerca de 52 casos flagrados por dia, o valor total da água furtada saltou de R$ 17,4 milhões em 2014 para R$ 32,6 milhões no ano passado, aumento de 87%. Com apoio da polícia, os fraudadores são levados à delegacia e indiciados por furto. Em 2015, foram gerados 507 boletins de ocorrência. A pena para esse crime é de um a quatro anos, além da aplicação de multa.

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