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    Recarga de Bilhete Único falha, e usuários do metrô enfrentam filas

    DO "AGORA"

    03/02/2016 02h00

    Daniel Mobilia/Folhapress
    Passageiros fazem fila na estação Santa Cecília para comprar bilhete
    Passageiros fazem fila na estação Santa Cecília para comprar bilhete

    Está cada vez mais difícil recarregar o Bilhete Único em estações do metrô na capital. Passageiros têm se deparado com guichês de recarga fechados e máquinas de autoatendimento desligadas. Além disso e das filas que se formam, muitos equipamentos, quando funcionando, "comem" o crédito do usuário.

    Nesta terça-feira (2), nas estações Santana (linha-1 azul), Santa Cecília e Palmeiras-Barra Funda, ambas na linha-3 vermelha, os guichês de recarga da empresa Ponto Certo estavam fechados, e as máquinas, da Prodata Mobility, estavam com defeito.

    Na estação Santa Cecília, região central, o único aparelho de recarga estava desligado. Fechado desde segunda (1º), o guichê tinha um aviso sobre os locais mais próximos para fazer a recarga.
    Restou aos passageiros enfrentarem a fila que se formou na bilheteria para comprar a passagem de papel.

    A piloto Christiane Gessi, 23, reclama que sempre recarregou o bilhete na estação, mas dessa vez, não conseguiu. "Preciso ir para o aeroporto de Guarulhos e estou atrasada. Poderiam ter avisado que as máquinas não estavam funcionando", disse.

    Na estação Barra Funda, zona oeste, no guichê —que está fechado há cerca de um mês— também havia um aviso dos locais de recarga mais próximos.

    Das quatro máquinas de autoatendimento, uma ainda estava embalada e as outras três foram alvo de reclamações dos passageiros. Havia filas nas máquinas e para comprar o bilhete em papel.

    Além da demora no processamento da recarga, as máquinas 'engoliam' o dinheiro e não recarregavam o bilhete. "Ela soltou um recibo de reembolso, e vou ter de ligar na central de atendimento", afirmou o urbanista Gerome Senier, 23.

    Em Santana, zona norte da capital paulista, das quatro máquinas de recarga automática, uma não funcionava. Um funcionário de uma loja da estação, que não quis se identificar, disse que as máquinas ficam em manutenção com frequência.

    APLICATIVO

    O aplicativo de recargas da Rede Ponto Certo, uma opção mais prática para os passageiros, também recebe críticas. A administradora Cynthia Costa Lima, 24, afirmou que sua cunhada tentou fazer duas recargas para ela, por meio de cartão de débito, uma no valor de R$ 230 e outra no de R$ 100, mas não funcionou. "Tentei baixar o aplicativo no meu celular para fazer eu mesma. Fiz uma transferência de R$ 230, recebi o e-mail de confirmação, mas não carrega o bilhete."

    O valor das três operações, R$ 560, foi debitado em sua conta. "Disseram que haveria um estorno duas vezes, mas, até agora, nada", disse.

    O bancário Roberto dos Santos, 43, disse que recarregou R$ 200, que nunca foram debitados. "No aplicativo está que o banco não autorizou o débito, mas na minha conta já está debitado", afirma.

    No telefone para reclamações encontrado no aplicativo e no site da Rede Ponto Certo, não há resposta. "Não consigo falar com ninguém", afirmou o bancário.

    OUTRO LADO

    O Metrô afirmou, por meio de nota, que acionou a empresa responsável pelas máquinas de recarga para que sejam feitos reparos nas estações citadas.

    Em relação aos guichês fechados, afirmou que a Rede Ponto Certo "abandonou" o contrato de venda de créditos do Bilhete Único em novembro.

    De acordo com o Metrô, as empresas Prodata e Perto estão "assumindo gradativamente as estações que eram atendidas" pela Ponto Certo.

    A SPTrans afirmou que a responsabilidade pelo aplicativo para recarga é da Rede Ponto Certo. Esta, por sua vez, disse que alguns usuários precisam validar a recarga feita pelo aplicativo em pontos físicos credenciados, mas não respondeu sobre os casos citados. Procurada, a Prodata não respondeu.

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