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    mosquito aedes aegypti

    Entrada forçada nas casas é necessária para combater o Aedes, diz ministro

    DA AGÊNCIA BRASIL

    04/02/2016 11h48

    Roberto Stuckert/Xinhua/PR
    Em visita ao Corpo de Fuzileiros Navais, Dilma acompanha limpeza contra focos do Aedes
    Em visita ao Corpo de Fuzileiros Navais, Dilma acompanha limpeza contra focos do Aedes

    O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, disse nesta quinta-feira (4) que a entrada forçada em imóveis públicos e privados para ações de combate ao mosquito Aedes aegypti é uma necessidade de segurança de saúde.

    Entre os dias 15 e 18 de fevereiro, 50 mil militares farão visitas, em ação coordenada com o Ministério da Saúde e autoridades locais, para inspecionar possíveis focos de proliferação nas casas e, se for o caso, aplicar larvicida. O mosquito é o transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus da zika.

    Antônio Cruz/Agência Brasil
    O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, fala sobre a atuação das Forças Armadas no combate ao mosquito Aedes aegypti
    Aldo Rebelo fala sobre a atuação das Forças Armadas no combate ao mosquito Aedes aegypti

    "Em São Paulo, por exemplo, de 33 mil imoveis visitados pelos militares, 10 mil estavam fechados. São armazéns, terrenos, residências que estavam sem a presença de ninguém. Além disso, em quase mil não havia pessoas autorizadas para permitir a entrada de agentes, apenas vigias, fiscais ou porteiros", disse Rebelo durante o programa Bom Dia Ministro.

    "Não adianta remover os focos de dez casas se, no meio delas, em um raio de 300 metros onde o mosquito voa, você deixa o criadouro. Rapidamente ele vai se multiplicar", acrescentou.

    O governo federal publicou medida provisória que autoriza a entrada de agentes de saúde em imóveis públicos e particulares abandonados ou em casas onde o proprietário não esteja para garantir o acesso e quando isso se mostre "essencial para contenção de doenças".

    O agente poderá, nesses casos, solicitar auxílio de autoridade policial. Segundo o ministro, mesmo nessas ações, é preferível que as Forças Armadas sejam acompanhadas pelas forças policiais de cada estado. Mas, em última instância, elas têm autorização legal para entrar.

    As visitas domiciliares acompanhando os agentes de saúde é a terceira etapa da atuação dos militares no combate ao mosquito Aedes aegypti. A primeira começou no dia 29 de janeiro e termina nesta quinta (4), que foi um mutirão de limpeza nas 1.200 organizações militares espalhadas por todo o Brasil.

    A segunda etapa ocorre no dia 13 de fevereiro e prevê a mobilização de 220 mil militares (160 mil do Exército, 30 mil da Marinha e 30 mil da Força Aérea). Esse contingente que, de acordo com o ministro, é 60% do efetivo total das Forças Armadas, atuará em 356 municípios, incluindo todas as capitais e as 115 cidades consideradas endêmicas pelo Ministério da Saúde. Eles farão a distribuição de material impresso com orientações para que a população se informe e se engaje no combate ao vetor.

    Vírus Zika

    META

    O ministro explica que a meta é visitar cerca de 3 milhões de residências. "Temos que convencer a população que ela tem um papel decisivo. Como não existe vacina contra dengue, zika e chikungunya, a vacina é a conscientização da sociedade."

    A última etapa da ação dos militares será em parceria com o Ministério da Educação, com visitas às escolas e conscientização das crianças e adolescentes sobre como evitar a proliferação do mosquito transmissor.

    Editoria de Arte/Folhapress

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