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    mosquito aedes aegypti

    Obra inacabada em Pinheiros acumula água e faz morador temer dengue

    DE SÃO PAULO

    08/02/2016 02h00 - Atualizado às 14h06

    Uma obra inacabada em Pinheiros (zona oeste de São Paulo) tem acumulado grande quantidade de água e preocupado vizinhos, devido ao risco da existência de focos de dengue no local.

    A obra está localizada na rua Maria Carolina, vizinha ao número 651. Material publicitário informa que no local haveria "em breve" lançamento imobiliário da construtora Tibério. Não, há porém, sinais de construção atualmente no terreno, cercado por tapumes.

    O que preocupa os moradores é que já foram feitas escavações para as fundações, transformando o local numa espécie de grande piscina, que acumula água da chuva.

    Danilo Verpa/Folhapress
    Obra inacabada em Pinheiros (zona oeste), onde água se acumula e preocupa vizinhos
    Obra inacabada em Pinheiros (zona oeste), onde água se acumula e preocupa vizinhos

    Os vizinhos estão enviando e-mails para os outros, pedindo que todos façam reclamação à prefeitura.

    A reportagem tentou contato no fim de semana com a construtora, mas não obteve resposta. A prefeitura não comentou o caso específico.

    Afirmou que os munícipes devem formalizar reclamações por meio do telefone 156.

    Informativos da gestão dizem que agentes públicos podem entrar de forma forçada em imóveis particulares caso ninguém seja encontrado para permitir o ingresso –desde que a situação se mostre "fundamental para contenção da doença".

    O mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, tem conseguido se adaptar e se reproduzir até mesmo em locais com água suja.

    Segundo dados da prefeitura, Pinheiros registrou neste ano 3 casos de dengue. O distrito com maior número de casos na cidade é Lajeado (zona leste), com 51.

    Considerando a taxa de casos para cada 100 mil habitantes, Pinheiros está na mesma média da cidade (4,6).

    Os dados consideram o distrito de residência da vítima.

    OUTRO LADO

    Segundo a assessoria de imprensa da empresa dona do terreno, a existência de um lençol freático alto na região causa um problema de condução de água pelos tirantes –estrutura de aço para contenção das paredes– e constante afloramento de água no solo.

    "Preocupada com a dengue e engajada na luta contra o mosquito, a empresa joga toda semana produtos químicos na água em grande quantidade para tornar o ambiente insalubre para sua reprodução e sobrevivência [do mosquito Aedes aegypti]. Além disso, a empresa possui sistema 24h de bombeamento dessa água que, com as chuvas, torna mais demorado seu completo esgotamento", informou a empresa em nota.

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