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    mosquito aedes aegypti

    Poças d'água espalhadas por SP podem servir de criadouro para o Aedes

    DO 'AGORA'

    11/02/2016 02h00

    Fabio Braga/Folhapress
    Água parada no Vale do Anhangabaú, perto da sede da prefeitura
    Água parada no Vale do Anhangabaú, perto da sede da prefeitura

    Em pleno vale do Anhangabaú, a poucos metros da sede da Prefeitura de São Paulo, um local com água parada pode servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, o vírus da zika e a chikungunya.

    Como a Folha mostrou nesta quinta (11), quase 30 pessoas tiveram a doença comprovada, por dia, na capital paulista nas três primeiras semanas do ano. Um aumento de 40% em relação ao mesmo período de 2015, quando a dengue já havia batido todos os recordes.

    Nesta quarta (10), uma poça era vista no lado direito do espelho d'água que fica em frente ao Centro Cultural Correios. O equipamento está desligado.

    Uma equipe de limpeza da prefeitura estava no local, mas apenas varria e recolhia o lixo deixado por foliões no Carnaval –garrafas, copos, etc. A água, no entanto, não foi escoada. Segundo os operários, o piso com pedregulhos dificulta a retirada da poça.

    Fabio Braga/Folhapress
    Água parada no Vale do Anhangabaú, perto da sede da prefeitura
    Água parada no Vale do Anhangabaú, perto da sede da prefeitura

    A diarista Vânia Silva Brasil, 38, que passava pelo Anhangabaú, criticou o desleixo da prefeitura. "Tudo está abandonado aqui no centro, é uma vergonha."

    Outro ponto com água parada fica na avenida Presidente Wilson, altura do número 1.009, na Mooca (zona leste). Uma poça d'água tomava toda a calçada e parte da rua. Não precisa nem chover para a água se acumular.

    Vizinhos relatam que o problema existe há pelo menos três anos. Em abril do ano passado, reportagem mostrou o problema. Na época, a prefeitura disse que iria instalar novas galerias pluviais na via.

    A Subprefeitura Sé afirmou, em nota, que colocou uma camada de cascalho no espelho d'água do vale do Anhangabaú para evitar que a água fique empoçada. No texto, o órgão disse também que, após vistoria feita nesta quarta, incluiu o local e a avenida Presidente Wilson (zona leste) na programação dos serviços de drenagem desta semana.

    A subprefeitura disse que 30 mil pessoas entre agentes de limpeza, agentes comunitários de saúde e de controle de zoonoses trabalham na prevenção e combate ao Aedes aegypti na cidade.

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