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    mosquito aedes aegypti

    Ministério da Saúde confirma terceira morte relacionada ao vírus da zika

    DE BRASÍLIA

    11/02/2016 09h57

    O Ministério da Saúde confirmou nesta quinta-feira (11) a terceira morte relacionada ao vírus da zika no país. A morte, de uma jovem de 20 anos do interior do Rio Grande do Norte, foi registrada em abril do ano passado.

    Inicialmente, porém, o caso era investigado como morte suspeita por dengue. Após ter a doença descartada com os exames, técnicos que analisavam o caso decidiram verificar a possível ligação com uma infecção pelo vírus da zika. Análises feitas pelo Instituto Evandro Chagas apontaram então a presença do vírus nas vísceras da paciente.

    A jovem havia sido internada em 11 de abril, após um quadro de tosse com sangramento. Dias depois, o quadro se agravou, e a jovem foi transferida para a UTI devido ao sangramento intenso.

    Vírus da zika

    Segundo informações do SVO (Serviço de Verificação de Óbitos) do Rio Grande do Norte, a jovem tinha um quadro de pneumonia e infecção generalizada. Uma das hipóteses é que a infecção pelo vírus da zika possa ter agravado a condição clínica da paciente.

    Essa é a terceira morte relacionada ao vírus da zika, e não ligada a casos de microcefalia, confirmada no país. A primeira foi de um homem do Maranhão que também tinha outras doenças associadas, como lúpus, e fazia uso crônico de medicamentos corticoides. Já o segundo caso foi de uma adolescente de 16 anos do Pará, e que morreu no fim de outubro de 2015.

    A relação entre o vírus da zika e mortes por doenças autoimunes têm sido alvo de investigações no país. Em entrevista à Folha publicada na última segunda-feira (8), o pesquisador do Instituto Evandro Chagas, Pedro Vasconcelos, disse que há casos analisados também em outros países, como a Colômbia. "O zika é a causa? Provavelmente é. Mas a gravidade do caso está muito associada com a 'doença de base'", afirmou.

    Além destes casos, o vírus da zika também tem sido investigado pela relação com um aumento de casos no país de bebês com microcefalia, má-formação do cérebro que pode trazer limitações ao desenvolvimento, e casos de abortos espontâneos.

    Editoria de Arte/Folhapress

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