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    Após decisão da Justiça, Gil Rugai se entrega à polícia

    AVENER PRADO
    MARTHA ALVES
    DE SÃO PAULO

    23/02/2016 01h06

    Condenado em 2013 a 33 anos e nove meses de prisão pela morte do pai e da madrasta, Gil Rugai se entregou na noite desta segunda-feira (22) à polícia.

    Após a decisão da Justiça, Rugai se entregou por volta das 21h30 no escritório do advogado na avenida Paulista. Ele foi levado ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) e transferido para a carceragem do 2º DP (Bom Retiro).

    Segundo o advogado Thiago Anastácio, as horas que antecederam a prisão foram bastante tranquilas pelo menos até a entrada dele no 2º DP. "Quando em um momento bastante estressante ele se viu em uma cela com dois travestis sendo revistados intimamente. Uma situação deplorável, mas foram tranquilos", disse o advogado.

    A prisão de Rugai foi proferida pelo juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª vara do Júri da capital. Ele é o mesmo juiz que condenou o jovem pelo crime de duplo homicídio qualificado por motivo torpe.

    Pela morte do pai, Luis Carlos Rugai, ele foi sentenciado a 18 anos e 9 meses de prisão –pelo parentesco consanguíneo– e mais 15 anos pela morte da madrasta, Alessandra Troitino.

    À época, Simoni afirmou que Rugai manteve, em todos os dias do julgamento, uma "aparência de bom moço, o que demonstra sua personalidade intensamente dissimulada". Para o magistrado, isso confirma que Rugai é uma pessoa "extremamente perigosa".

    Em 2013, Simoni decidiu que Rugai deveria permanecer em liberdade até que se esgotassem todos os recursos, com base no placar do júri -três dos sete jurados votaram pela absolvição do réu.

    Em dezembro de 2013, Rugai foi condenado em segunda instância. Ele foi solto em setembro do ano passado após o STF lhe conceder habeas corpus.

    O juiz citou decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que determina prisão de condenados em segunda instância antes de se esgotarem todos os recursos possíveis da defesa.

    CRIME

    O empresário Luiz Rugai, 40, e a mulher, Alessandra Troitino, 33, foram assassinados com dez tiros dentro de casa, em Perdizes, zona oeste de São Paulo, 2004.

    A polícia levantou a hipótese de o crime ter ligação com o afastamento de Rugai da empresa do pai, a Referência Filmes. Ele estaria envolvido em um desfalque de cerca de R$ 100 mil e, por isso, teria sido demitido do departamento financeiro.

    A madrasta proibiu que Rugai movimentasse a conta da empresa, segundo o gerente do banco.

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