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    Irmã deu bronca em Haddad devido à redução da velocidade nas marginais

    DE SÃO PAULO

    23/02/2016 06h02

    Marlene Bergamo/Folhapress
    Placas mostram novos limites de velocidade na pista expressa da marginal Tietê
    Placas mostram novos limites de velocidade na pista expressa da marginal Tietê

    O prefeito Fernando Haddad (PT) revelou durante uma aula a alunos da UFABC (Universidade Federal do ABC) ter recebido uma bronca de uma irmã devido à redução da velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros.

    A afirmação foi feita em tom de brincadeira, durante sobre políticas públicas organizador por alunos do campus da UFABC de São Bernardo do Campo.

    Haddad disse ter sido "convocado" à casa da irmã para tratar da mudança de velocidade nas marginais, que caiu de 70 km/h para 50 km/h nas pistas locais. "Ela estava com o computador ligado. Ela falou: vê o que tá acontecendo no meu Facebook, vê quantos amigos eu perdi por sua causa", disse, arrancando risos da plateia.

    O comentário ocorreu em meio a um discurso pontuado por críticas ao papel das redes sociais e da imprensa no debate sobre políticas públicas. Para Haddad, ambos não têm conseguido aprofundar a discussão sobre a cidade.

    "São Paulo é mais discutida pela imprensa internacional que pela imprensa local", disse. "Os jornais discutem cada vez menos políticas públicas. As revistas discutem pouco política pública. A radiodifusão está cada vez mais prisioneira do espetáculo".

    O prefeito afirmou que outro desafio do gestor é a falta de continuidade das políticas urbanas.

    "A cidade de São Paulo talvez seja das grandes metrópoles do mundo a que sofreu a maior descontinuidade das políticas públicas. Saúde e transporte, vocês vão ver que a cada governo o ponteiro se movia para uma direção", disse.

    POLÍTICA

    Questionado sobre dilemas da política nacional, Haddad afirmou que o país vive uma "guerra fria civil".

    "Tem muita deslealdade hoje na política. Em busca do poder, as pessoas às vezes cometem equívocos, como se a oposição tivesse que ter uma posição de vale-tudo para chegar ao poder", afirmou.

    Sem citar o nome do ex-presidente Lula, alvo de investigação da Polícia Federal, o prefeito afirmou ser importante defender pessoas acusadas injustamente. "Se eu sei que é uma pessoa correta, e eu não vou na defesa dela, estou cometendo um erro contra a sociedade."

    Sobraram farpas também para o PT que, segundo ele, junto com o PSDB, não conseguiu fazer a reforma necessária na esfera política. "As regras importam, não basta a correção, a firmeza de caráter. Regras ruins produzem sistemas ruins", disse.

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