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    mosquito aedes aegypti

    São Paulo tem 827 casos confirmados de dengue em janeiro

    FABRÍCIO LOBEL
    DE SÃO PAULO

    23/02/2016 12h17

    A cidade de São Paulo tem 827 casos confirmados de dengue em janeiro deste ano, afirmou o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha, durante divulgação de novo balanço nesta terça-feira (23).

    O levantamento mostra um aumento de 16,5% em relação a janeiro do ano passado, quando a secretaria registrou 710 casos. Em relação aos casos notificados, a cidade teve 5.877 em janeiro deste ano ante 2.406 no mesmo período de 2015.

    A explicação para o aumento do número de casos de dengue em São Paulo são, segundo Padilha, a falta de água na periferia, a forte resistência do mosquito, o calor e a existência de criadouros.

    Os dados também se referem a casos ocorridos até a quarta semana epidemiológica. Nessa semana, entre os dias 24 e 31 de janeiro, o número de casos confirmados caiu em relação às semanas anteriores.: foram 185 casos ante 223 da semana anterior. Já as notificações passaram de 1.717 casos para 1.535 nesta quarta semana.

    Casos de dengue notificados - No mês de janeiro

    Casos de dengue confirmados - No mês de janeiro em comparação com o ano passado

    Padilha disse que as ações de conscientização e de busca por criadouros do Aedes Aegypti podem ter auxiliado neste recuo de casos na quarta semana epidemiológica. Para ele, no entanto, ainda é cedo para avaliar se essa queda de casos será tendência para os próximos meses.

    "Nós não queremos dizer aqui que esses dados já nos dão a ideia de que teremos uma redução da notificação ou da confirmação de dados. Pelo contrário. É muito precoce para afirmar que isso é uma tendência. Vamos lembrar que período epidêmico para a dengue para a cidade de São Paulo é sobretudo em março, abril e maio", disse Padilha.

    "Temos 73 mil casos de dengue no país. Em 2015, mais da metade dos casos aconteceram no interior e litoral do Estado de São Paulo", disse Padilha, que lembrou que a "letalidade dos casos de dengue aumentou no Estado entre 2009 e 2015, mas que na cidade, apesar do aumento, o número de casos vem caindo nos últimos três anos e não houve registro de morte ocasionada por dengue. No Estado já foram três."

    Segundo o secretário, cerca de 382 mil casas foram visitadas até esta segunda (22). Em 35% delas, os agentes encontraram focos do criadouro do mosquito Aedes aegypti. Com ajuda do Exército, os agentes visitaram cerca de 65 mil casas nas zonas oeste e norte, onde encontram 15 mil casas com água parada.

    Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti

    Os bairros mais atingidos em janeiro seguem sendo prioritariamente da zona leste da cidade, mostrando uma alteração do padrão da dengue na cidade. Nos últimos anos, a zona norte era a região da cidade mais atingida.

    O bairro mais afetado é o do Lajeado, com 68 casos. Penha vem em segundo lugar, seguido pelo Jardim São Luiz, na zona sul. Em quarto e quinto lugar estão o Parque do Carmo e Itaquera, também na zona leste.

    PRIMEIRAS TENDAS

    A prefeitura irá inaugurar nesta quarta-feira (23) as primeiras tendas de atendimento aos sintomas da dengue. Os bairros escolhidos foram Lajeado e Cangaiba, na zona leste.

    Nas tendas, a população deverá ter acesso a tratamentos paliativos aos sintomas da dengue.

    O critério usado pela prefeitura para inaugurar uma tenda de atendimento é que 40% dos atendimentos na rede de saúde de uma região estejam voltados à dengue. Segundo Padilha, este ainda não é quadro encontrado no Lajeado e em Cangaiba, mas a prefeitura resolveu adiantar o atendimento a essas áreas, devido o alto grau de incidência da doença.

    Outras 12 tendas de atendimento estão previstas até o fim do ano.

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