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    tragédia no rio doce

    Promotoria de Minas envia processo sobre Mariana para a Justiça Federal

    JOSÉ MARQUES
    DE BELO HORIZONTE

    17/03/2016 13h30

    Danilo Verpa - 11.out.2015/Folhapress
    MARIANA - MG - 11.10.2015 - Mariana, onde estao hospedados apos apos rompimento de barragem em Mariana.. (Foto: Danilo Verpa/Folhapres, COTIDIANO)
    Barragem de Fundão após o rompimento, em Mariana (MG)

    Mais de 20 dias após a Polícia Civil pedir a prisão de seis funcionários da Samarco, entre eles o ex-presidente Ricardo Vescovi, e de um da empresa Vogbr, pela tragédia de Mariana, o Ministério Público de Minas Gerais decidiu enviar o processo para a Justiça Federal.

    No total, os sete foram indiciados sob suspeita de homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco de matar), inundação e poluição de água potável.

    Agora, a decisão sobre a prisão preventiva ficará sob responsabilidade de um juiz federal em Ponte Nova (MG) e as denúncias devem ser apresentadas pelo Ministério Público Federal.

    O envio do processo foi feito pelo procurador-geral de Justiça, Carlos André Bittencourt, sob a justificativa de que o julgamento de crimes relativos ao desastre ambiental é de responsabilidade das varas federais.

    INADEQUADO

    Em nota, o Ministério Público diz que o envio dos autos não faz "qualquer juízo sobre as provas produzidas e suas consequências jurídicas, o que seria inadequado, neste momento".

    "A definição de competência nesses moldes não distancia o julgamento do local dos fatos. Ao contrário, o entendimento é de que a apreciação compete ao órgão da Justiça Federal a que pertence o município de Mariana", diz o comunicado.

    Inicialmente, o processo foi levado para a comarca de Mariana, mas a Promotoria local disse que não tinha competência para elaborar denúncia sobre o caso.

    Além da Polícia Civil, as mesmas sete pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal no processo que apura crime ambiental. O órgão também indiciou a própria Samarco e a Vale, dona da mineradora junto à BHP Billiton.

    Todos os indiciados negam que tenham cometido os crimes.

    O rompimento da barragem aconteceu no dia 5 de novembro e deixou 19 mortos, além de um rastro de destruição que chegou ao litoral capixaba.

    TRAGÉDIA EM MARIANA - Polícia Civil pediu a prisão preventiva de sete pessoas

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