• Cotidiano

    Thursday, 02-May-2024 14:57:49 -03

    Assassino em série é condenado de novo; penas já superam 70 anos

    CARLA GUIMARÃES
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM GOIÂNIA

    17/03/2016 15h25

    Conhecido como serial killer de Goiânia, o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, 27, foi condenado a 20 anos de prisão em regime fechado pelo homicídio da estudante Ana Rita de Lima, 17.

    O julgamento, o terceiro por júri popular em que é réu, ocorreu na manhã desta quinta-feira, 17, no auditório do 2º Tribunal do Júri, em Goiânia (GO). Somadas, as penas até agora determinadas em sentença ao vigilante chegam a 72 anos de prisão.

    Nos outros dois júris populares pelo assassinato de Ana Karla Lemes Silva, 15, e de Juliana Neubia Dias, 22, Rocha recebeu a mesma sentença: 20 anos de prisão em regime fechado. Soma-se a esses resultados a condenação dele a 12 anos e 4 meses por assalto a uma agência lotérica.

    Nos três julgamentos por júri popular, o Ministério Público de Goiás pediu a condenação do vigilante pelos homicídios com a consideração de duas qualificadoras: motivo torpe e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Em todos os casos, os jurados acataram os pedidos.

    Ana Rita de Lima foi assassinada no dia 12 de dezembro de 2013, na Vila Santa Tereza, em Goiânia. Conforme relatado no inquérito, a estudante andava sozinha quando foi abordada por Rocha, que estava em uma motocicleta. Após anunciar o assalto, ele atirou. O projétil transfixou o coração e o lobo inferior do pulmão esquerdo da vítima, que não teve nenhum pertence levado.

    Na sessão de julgamento desta quinta, presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, Inês e Leiriane Lima, mãe e irmã da vítima, foram ouvidas como testemunhas de acusação. Ambas não presenciaram o crime, mas ao chegarem no local do assassinato ouviram relatos das características do acusado.

    Pela acusação, falou o promotor de Justiça Rodrigo Félix, e pela defesa do vigilante, o advogado Herick Pereira de Souza. Os dois recorreram da sentença.

    DEFESA

    Para a defesa, não há elementos suficientes para provar a autoria e, consequentemente, as duas qualificadoras do homicídio.

    Não foi possível realizar o exame pericial de confronto microbalístico com a arma apreendida em posse do vigilante porque o projétil transfixou o corpo de Ana Rita e não foi encontrado. No documento, porém, consta que Rocha confessou o crime ao ser preso.

    O vigilante foi preso em outubro de 2014. Até o momento, há previsão de que Rocha vá a outros 29 júri populares, referente ao assassinato de 30 pessoas entre novembro de 2011 a agosto de 2014. Em um dos júris, ele será réu pelo homicídio de duas pessoas em um mesmo dia, hora e local.

    No Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, ainda há dois casos em fase de inquérito e um em que há denúncia contra o vigilante.

    O próximo júri popular de Rocha está marcado para ocorrer no dia 29 de março. Ele será julgado pelo assassinato de Arlete dos Anjos Carvalho, assassinada no dia 28 de janeiro de 2014.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024