O secretário de Transportes do município do Rio, Rafael Picciani, condenou a ação dos taxistas que bloquearam as principais vias da cidade nesta sexta-feira (1) em protesto contra o Uber.
Picciani considerou que houve excesso por parte dos manifestantes. "O direito de se manifestar está garantido pela Constituição e todas as categorias podem realizar", afirmou o secretário. "No entanto, há um pouco de excesso dos taxistas na medida em que fecharam vias importantes da cidade, impedindo os acessos aos aeroportos, à rodoviária, e causaram prejuízos ao trânsito da cidade."
No início da manhã, grupos de taxistas se uniram em carreatas que partiram de diversos pontos da região metropolitana provocando grandes congestionamentos.
Os manifestantes reivindicam a proibição do serviço do aplicativo Uber, voltado para o transporte de passageiros. Eles reclamam que os motoristas do Uber não pagam os mesmos impostos cobrados aos taxistas.
O protesto chegou ao fim no início da tarde. Um grupo de taxistas parou o trânsito em frente ao Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) com o objetivo de pressionar o judiciário pela cassação da liminar que permite o funcionamento do Uber na cidade.
Líderes do movimento foram recebidos no tribunal pela juíza Ana Cecília Argueso Gomes de Almeida, da 6ª Vara de Fazenda Pública.
A assessoria de imprensa do TJ-RJ, no entanto, afirmou que a reunião não foi oficial e que a magistrada ouviu os manifestantes como um gesto de cordialidade, uma vez que eles não são parte do processo que envolve o Uber.