• Cotidiano

    Saturday, 18-May-2024 23:00:30 -03

    Primeiro dia de vacinação contra H1N1 em SP tem confusão e bate-boca na fila

    EMÍLIO SANT'ANNA
    DE SÃO PAULO

    11/04/2016 09h54 - Atualizado às 17h09

    Danilo Verpa/Folhapress
    O posto de saúde Prof. Marcus Wolosker (Belém) abriu uma hora mais cedo para a vacina contra H1N1
    O posto de saúde Prof. Marcus Wolosker (Belém) abriu uma hora mais cedo para a vacina contra H1N1

    O primeiro dia da campanha de vacinação contra o vírus influenza, causador da gripe H1N1, começou com briga, bate-boca e desmaio nesta segunda (11).

    Na UBS Moóca 1, na rua Taquari, por volta das 9h20, houve um princípio de confusão quando uma idosa supostamente furou a fila. Houve bate-boca, gritaria e pacientes quase entraram em confronto. Uma mulher desmaiou e foi atendida por funcionários da Unidade Básica de Saúde.

    Na Grande São Paulo, estão sendo vacinadas crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos, idosos com mais de 60 anos e gestantes.

    H1N1

    Depois de muita confusão e desorganização na fila, os próprios usuários dessa unidade básica de saúde passaram a organizar a espera para fugir do sol.

    Graça Tucci, 89, estava havia três horas à espera da vacina. A aposentada acordou às 5h e chegou na unidade de saúde às 6h. Após a espera, a preocupação dela era com os mais novos. "É um absurdo, está cheio de criança e grávida esperando debaixo do sol", disse.

    À medida em que o sol ia esquentando, a fila para a vacina se transformou em uma sequência de sombrinhas na Moóca. A espera pela manhã era de uma hora e meia.

    No Belenzinho, também na zona leste, na UBS Marcus Wolosker, cerca de 300 pessoas estavam na fila desde as 7h. Pela manhã, a espera também era de cerca de uma hora e meia e a imunização só era dada para quem retirasse uma senha. Cada ônibus que parava em frente à UBS, mais idosos chegavam.

    Um deles era a aposentada Roseni Dattas Corrêa, 79. Ela tem problemas cardíacos e, com medo de se contaminar, foi para a UBS com uma máscara. "Tenho problemas no coração e não quero pegar uma gripe esperando para ser vacinada", diz.

    Já na UBS Nossa Senhora do Brasil, na Bela Vista (região central), 250 pessoas estavam à espera da vacina por volta das 9h. Os primeiros haviam chegado às 6h, uma hora antes de a unidade abrir. Haviam sido distribuídas, àquela altura, 200 senhas para idosos e gestantes e 50 para crianças. Uma fila se formou na rua onde fica a unidade.

    Usuária pela primeira vez do SUS, a jornalista Gloriete Treviso, 62, diz que levou menos de uma hora para ser vacinada na UBS Vila Alpina, na rua Paramu, na Vila Prudente, na manhã desta segunda. "Tinham cem pessoas na minha frente, mas estava tudo muito bem organizado. Um fila para gestantes e crianças, outra para idosos", conta.

    Gloriete diz que pensou ir numa clínica particular, mas diante da experiência anterior da sua filha, que passou três horas na fila de uma clínica privada de imunização e pagou R$ 120 pela vacina, decidiu tentar a vacinação no sistema público. "Foi de graça e mais rápido do que no privado."

    TARDE

    Na parte da tarde, o fluxo melhorou na UBS Moóca 1. Segundo uma funcionária, a espera por volta das 16h30 era de dez minutos ou menos. Uma alternativa para a região é o Centro Integrado de Saúde, da Universidade Anhembi Morumbi, na r. Frei Gaspar, 131.

    Na UBS Vila Alpina, o movimento foi o inverso. Enquanto Gloriete diz ter levado menos de uma hora, à tarde as filas aumentaram. A faixa de horário com menor fluxo foi por volta de meio-dia.

    Colaboraram RICARDO GALLO, CLÁUDIA COLLUCCI e PAULO GOMES

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024