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    Região metropolitana de BH sofre maior tremor de terra já registrado

    JOSÉ MARQUES
    DE BELO HORIZONTE

    02/05/2016 11h31

    Reprodução
    Gráfico do Observatório Sismológico da UnB mostra intensidade de tremor em Esmeraldas (MG)
    Gráfico do Observatório Sismológico da UnB mostra intensidade de tremor em Esmeraldas (MG)

    O Observatório de Sismologia da UnB (Universidade de Brasília) registrou, às 6h21 desta segunda-feira (2), um tremor de terra de 3,7 graus na Grande Belo Horizonte, o maior da região já medido pelo órgão.

    As medições são feitas desde 1992. Inicialmente, foi divulgado que o abalo teria chegado a 4,2 graus na escala Richter, mas a informação foi corrigida pouco depois.

    Apesar dos tremores, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais afirma que não houve ocorrências.

    Segundo a UnB, o epicentro do abalo sísmico aconteceu próximo a Esmeraldas, a 45 km da capital mineira, e foi sentido por pelo 14 cidades, incluindo a capital.

    Em Esmeraldas, o despachante Marcone Silva, 60, diz que viu as janelas e paredes de casa estremecendo por volta das 6h20. "Eu fiquei com medo, mas ia fazer o quê? Fiquei esperando para ver no que dava", afirma. Segundo ele, o tremor "passou rápido, foi vapt-vupt".

    Sua irmã, Aione Mara Silva, 49, que mora na vizinha Contagem, também sentiu o abalo. De acordo com ela, houve um barulho alto e uma sensação de que dois veículos haviam se chocado na rua.

    Segundo George Sand, professor associado do observatório, "foi um tremor razoável, capaz de causar um pouco de temor maior entre a população. Muito provavelmente, a causa é natural, causa geológica mesmo".

    Foi possível, segundo Sand, sentir o tremor em Esmeraldas e no norte de Betim, também na região metropolitana de Belo Horizonte. "[O tremor] Não foi capaz de causar feridos e machucados, mas assusta a população."

    Abalos sísmicos não são incomuns em Minas Gerais. No último dia 4, houve um de 3,5 graus em Funilândia (a 80 km de BH), de acordo com a UnB. Próxima, Sete Lagoas também registrou tremor igual em março.

    No dia 5 de novembro, quando a barragem de Mariana se rompeu, houve pequenos tremores, de 2 a 2,6 graus segundo a USP, nas proximidades.

    Tremor em MG

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