• Cotidiano

    Tuesday, 07-May-2024 11:50:57 -03

    Sindicato de taxistas de SP diz que irá consertar carro confundido com Uber

    DE SÃO PAULO

    12/05/2016 13h25

    O Sindicato dos Motoristas nas Empresas de Táxis de São Paulo disse que irá pagar o conserto do carro de um auxiliar de enfermagem que foi danificado por taxistas durante uma manifestação na noite da última terça-feira (10) no centro de São Paulo.

    Em entrevista à Folha, Jorge Carlos Ferreira Santos, 44, disse ter sido confundido com um motorista do Uber pelos taxistas que faziam um protesto.

    Em nota, o sindicato diz que em virtude do "equívoco cometido", vai prestar "todo atendimento necessário visando reparação do seu patrimônio".

    O sindicato diz ainda que não aprova a agressão ao carro do auxiliar de enfermagem e que entende não ser justo os prejuízos com seu veículo, um Corsa preto modelo 2003.

    Santos diz calcular em R$ 5 mil os prejuízos pelos diversos prejuízos à lataria do veículo, além da quebra do vidro traseiro e do para-choque.

    Apesar da nota, o sindicato disse ainda não ter entrado em contato com Jorge. O advogado do auxiliar de enfermagem disse que irá buscar, além da indenização material, uma reparação por danos morais.

    Zanone Fraissat/Folhapress
    O enfermeiro Jorge Carlos Ferreira Santos, que estava em carro atacado por taxistas
    O enfermeiro Jorge Carlos Ferreira Santos, que estava em carro atacado por taxistas

    O CERCO

    Santos conta que estava indo para o seu local de trabalho quando ficou preso no trânsito causado pelo protesto de taxistas na tarde de terça (10).

    O confronto começou quando o auxiliar de enfermagem chegava no fim do túnel do Anhangabaú. Manifestantes jogaram galhos de árvores em frente ao seu carro. Ele diz que tentou ultrapassar o galho e foi ameaçado pelos taxistas. "Eles começaram a gritar falando que eu era Uber", conta. Santos conta que tentou pegar seu jaleco para provar que era auxiliar de enfermagem, mas que os taxistas começaram a chutar a traseira de seu carro.

    "Foi nessa hora que eu saí [com o carro]. Mais a frente eles me cercaram e me pegaram". Mas ele foi cercado por dezenas de manifestantes que desferiam socos e chutes contra os vidros e a lataria do veículo. "Dentro do carro eu mostrava o meu jaleco, mas eles não viam (...) Eles gritavam 'Pega! Pega! Mata! Mata!'", conta.

    "Eu achei que ia morrer", relembra ele emocionado.

    REGULARIZAÇÃO DO UBER - Entenda os principais pontos do decreto de Haddad

    HISTÓRICO

    A novela do Uber

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024