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    Governador do Rio defende pena de morte para casos de estupro

    BRUNO VILLAS BÔAS
    DO RIO

    30/05/2016 17h37 - Atualizado às 18h14

    Ruy Baron-4.dez.2014/Valor
    Data: 04/12/2014?Reporter: Raquel?Local: Gabinete 11 no Senado Federal?Pauta: senador (PP-RJ)?Personagem: Francisco Dornelles, senador (PP-RJ)?Tags: Politica, corrupcao, orcamento?Fotos: Ruy Baron/Valor ***FOTO DE USO EXCLUSIVO FOLHAPRESS***
    O governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles (PP-RJ)

    O governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles (PP), disse nesta segunda-feira (30) que o crime de estupro deveria ser punido com pena de morte, ao comentar as investigações do caso do estupro coletivo da adolescente de 16 anos no Rio.

    "Eu considero o crime de estupro o mais hediondo dos crimes. Se dependesse de mim ele seria punido com a pena de morte", afirmou o governador em exercício, após participar de um evento na sede da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), no centro do Rio.

    Dornelles disse que esteve no domingo (29) com o chefe da Polícia Civil do Rio, Fernando Veloso, quando pediu que o Estado fosse "profundo para tomar todas as medidas, uma punição... A mais violenta possível".

    O governador em exercício disse ainda que "é preciso que haja uma punição violenta contra os que desonraram o Estado do Rio de Janeiro".

    Em entrevista coletiva nesta segunda, a delegada Cristiana Bento afirmou não ter dúvida de que o crime aconteceu.

    "A minha convicção é a de que houve estupro. Está lá no vídeo, que mostra um rapaz manipulando a menina. O estupro está provado. O que eu quero agora é verificar a extensão desse estupro, quantas pessoas praticaram esse crime", disse a delegada.

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    CRONOLOGIA DO CASO

    21.mai.2016 - A adolescente é estuprada de madrugada no complexo de favelas São José Operário, zona oeste do Rio, após ir a um baile funk

    24.mai.2016 - A vítima fica sabendo que um vídeo seu circula na internet e volta ao morro para falar com o chefe do tráfico e tentar reaver seu celular, que havia sido roubado

    25.mai.2016 - A família da menina é avisada por um vizinho sobre a gravação, em que um grupo de homens, em meio a risadas, toca nas partes íntimas da garota e diz que ela foi violentada por "mais de 30". Em 2009, a lei 12.015 foi alterada e passou a considerar como estupro, além da conjunção carnal, atos libidinosos

    26.mai.2016 - A jovem presta o primeiro depoimento à polícia, é medicada em um hospital e faz exames no IML (Instituto Médico Legal)

    27.mai.2016 - Ela presta mais dois depoimentos à polícia, assim como dois dos suspeitos de participar do crime; a polícia localiza a casa em que o estupro aconteceu

    28.mai.2016 - A então advogada da vítima, Eloísa Samy, pede à Promotoria do Rio o afastamento do delegado Alessandro Thiers. Segundo Samy, Thiers estava tratando o caso com "machismo e a misoginia"

    29.mai.2016 - Pressionada, a Polícia Civil do Rio passa o comando das investigações à delegada Cristiana Bento, da DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima); a pedido da família, a Defensoria Pública passa a defender a menina, que entra em programa de proteção do Estado

    30.mai.2016 - Polícia Civil realiza operação para prender seis suspeitos de participar do crime; quatro continuam foragidos

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