• Cotidiano

    Saturday, 04-May-2024 19:14:08 -03

    mosquito aedes aegypti

    OMS recomenda oito semanas de sexo seguro após visitar áreas com zika

    DA AFP

    01/06/2016 08h28

    Associated Press
    O mosquito _Aedes aegypti_, transmissor da dengue, zika e chikungunya
    O mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya

    A OMS (Organização Mundial da Saúde) reviu nesta terça-feira (31) a lista de recomendações às pessoas que viajam a áreas afetadas pelo vírus da zika, responsável por um grande número de casos de microcefalia –má-formação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada.

    Os viajantes que retornarem dessas áreas deverão se abster, segundo a organização, de ter relações sexuais ou proteger-se durante "pelo menos oito semanas", e não apenas quatro.

    Em suas novas recomendações para a prevenção da transmissão sexual do vírus da zika, a OMS diz que as pessoas deverão esperar "seis meses, se o parceiro masculino apresentar sintomas da doença". Esse é "o tempo estimado para garantir que a infecção foi eliminada do corpo e que o vírus não poderá ser transmitido (...) para o parceiro", explicou à imprensa o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier.

    O vírus da zika está associado na América Latina a uma explosão de casos de microcefalia, uma má-formação grave e irreversível caracterizada por um tamanho anormal do crânio do feto, assim como doenças neurológicas em adultos, incluindo a síndrome de Guillain-Barré.

    zika

    O mosquito Aedes aegypti é considerado o principal vetor de transmissão do vírus da zika, mas "evidências cada vez maiores apontam que a transmissão sexual é possível", afirma a OMS. Os cientistas ainda não sabem quanto tempo o vírus pode sobreviver no sêmen. O vírus foi detectado 62 dias após a cura de um homem de 68 anos, o período mais longo observado até à data.

    A OMS mantém suas recomendações sobre o risco de transmissão sexual do vírus da zika. Os parceiros sexuais de mulheres grávidas que vivem em áreas onde a transmissão local do vírus da zika é conhecida ou que tenham retornado destas regiões devem "adotar práticas sexuais mais seguras ou abster-se de atividade sexual durante o período da gravidez".

    Além disso, todos os pacientes infectados e seus parceiros sexuais (em particular as mulheres grávidas) devem receber preservativos e ser informado "sobre as medidas de contracepção e práticas sexuais menos arriscadas", ressalta a OMS.

    A organização apela também para que as mulheres que tiverem relações sexuais desprotegidas e que não desejam engravidar por causa de preocupações relacionadas com o vírus da zika tenham um "acesso fácil a serviços de contracepção de emergência". O vírus está ativo em 60 países, mas o Brasil, que receberá em breve os Jogos Olímpicos de 2016, é o país mais afetado no mundo.

    Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024