Com dez dias seguidos de chuva na região, Piracicaba sente os impactos da cheia incomum para o período do rio que corta a região central da cidade. Os efeitos sobre o rio Piracicaba são sentidos na região da rua do Porto, conhecido ponto turístico da cidade.

Na manhã desta terça-feira (7), o manancial registrava uma vazão de 627,62 metros cúbicos por segundos, número 573% acima da média histórica, de 93,25, de acordo com o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica).

O problema não afeta só Piracicaba, mas também cidades da região. Afluentes do Piracicaba, os rios Piracicamirim e Capivari também estão em estado crítico. Na cidade de Capivari, vias de acesso ao município encontram-se bloqueadas devido ao transbordamento do rio. O acesso à cidade está sendo feito pela vizinha Rafard.

No domingo (5), em Campinas as fortes chuvas e os ventos deixaram ao menos quatro feridos e milhares de pessoas sem energia.

No dia seguinte, em Jarinu, as fortes chuvas destruíram a cidade e deixaram ao menos um morto e 50 feridos.

Nesta terça, boa parte da avenida Beira Rio, em Piracicaba, está interditada devido aos alagamentos. Equipes da Defesa Civil permanecem de plantão em outras regiões da cidade com risco de enchentes –como nos bairros de Santa Therezinha, Vila Rios e Bongue. No fim da manhã de terça, carros de som circulavam pela rua do Porto avisando aos moradores dos riscos das cheias.

Medições feitas pela Defesa Civil apontavam que a profundidade do rio chegou aos 5,15 metros. O estado de atenção permanece durante toda a tarde pelo risco de enchentes nas próximas horas. Os rios Atibaia e Jaguari, que formam a bacia do rio Piracicaba, também encontram-se com vazões acima da média.

De acordo com informações do CPTEC/Inpe, as chuvas na cidade prosseguem até amanhã, quando uma massa de ar fria e seca causará queda nas temperaturas.