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    Câmara de SP aprova em 1ª votação projeto para remunerar ciclistas

    THIAGO AMÂNCIO
    DE SÃO PAULO

    08/06/2016 17h19

    Divulgacao
    TOUR CENTRO turistas durante passeio de bicicleta Bike Tour SP pelo centro de Sao Paulo. ( Divulgacao) ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Ciclista passa pelo Viaduto do Chá, na região central da capital paulista

    Os ciclistas de São Paulo podem ser recompensados financeiramente por usarem a bicicleta para ir ao trabalho. Pelo menos é o que pretende um projeto de lei em trâmite na Câmara Municipal de São Paulo, aprovado em primeira votação no plenário nesta terça-feira (7).

    O PL 147/2016, que institui o programa Bike SP, é do vereador José Police Neto (PSD). Caso seja aprovado, quem for trabalhar de bicicleta pelo menos três vezes por semana pode ser beneficiado com o "Cartão do ciclista", em que receberá pelo menos R$ 50 mensais, além de um bônus por quilômetro rodado. O valor poderá ser usado em serviços de manutenção e para a compra equipamentos ou mesmo uma nova bicicleta. A quantia poderá ser subsidiada de forma integral pela prefeitura.

    Como incentivo, a empresa que aderir ao programa poderá deduzir até 20% do IPTU. Para conseguir a isenção, a companhia deve ofertar vagas de estacionamento para as bicicletas e vestiário com chuveiros para os ciclistas, além de ter pelo menos 30% dos funcionários participando do programa.

    A regulamentação ainda vai ser discutida com a prefeitura, segundo o vereador, mas a fiscalização pode ser feita por aplicativos para celular com geolocalização, já usados por parte dos ciclistas, ou com auxílio dos empregadores.

    O ônus também não ficaria para o Executivo, que substituiria o subsídio do vale-transporte pelo do cartão do ciclista.

    "A gente está buscando uma forma de a bicicleta ser reconhecida como modelo de transporte. Há uma história antiga que diz que a bicicleta é lúdica, só serve de passeio. Mas fica cada vez mais claro que é um veículo importante, principalmente em distâncias menores, de até 15 km", diz Police Neto.

    "A bicicleta passa a ser não uma solução para o problema da mobilidade, mas uma alternativa absolutamente viável", afirma.

    O projeto ainda precisa passar por uma segunda votação em plenário (o que deve acontecer ainda neste mês, diz o parlamentar), antes de ser encaminhado para sanção do prefeito Fernando Haddad.

    O programa, se o projeto de lei for aprovado, será coordenado pela Secretaria Municipal de Transportes e pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente.

    Outros países também têm incentivos para aumentar o uso de bicicleta. Em 2014, por exemplo, a França fez um experimento de seis meses com cerca de 20 empresas, que possuíam 10 mil funcionários no total, em que pagava € 0,25 por quilômetro percorrido de bicicleta.

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