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    Amigo de criança morta por policiais entra para programa de proteção

    DE SÃO PAULO

    16/06/2016 19h56

    A criança de 11 anos que sobreviveu à perseguição policial que terminou com a morte do menino Italo, 10, entrou com sua família para o PPCAAM (Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte).

    A criança, sua mãe e seus irmãos já não estão mais no Estado de São Paulo, segundo Luiz Carlos dos Santos, do Condepe (Conselho Estadual de Direitos Humanos), que pediu o ingresso da família no programa.

    Italo morreu com um tiro na cabeça durante perseguição da PM após furtar um carro na Vila Andrade, zona sul de São Paulo, no último dia 2. O amigo sobreviveu.

    "Ele passou por uma avaliação, e o PPCAAM entendeu que corria grande risco. Primeiro que recebeu ameaças. Depois que, com a exposição dele no caso, poderia acontecer alguma coisa", afirma Santos.

    Caso seja intimado para prestar novos depoimentos ou para participar de alguma reconstituição, o menino ainda pode ser trazido para São Paulo, se assim o PPCAAM achar necessário.

    DEPOIMENTOS

    O colega de 11 anos que estava com Italo deu três versões diferentes da ocorrência.

    Primeiro, disse que Italo estava armado e que atirou contra os PMs durante a perseguição e após a batida do carro. Mais tarde, disse que ele só atirou no trajeto enquanto era perseguido.

    Depois, negou troca de tiros, disse que a dupla não tinha revólver e que a arma foi "plantada" por policiais –que pressionaram para ele dar a versão inicial. O garoto deve ser ouvido novamente.

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