O nome incomum de Ludenor trazia não apenas uma homenagem, mas também uma demonstração da união de seus pais, Lourdes e Honor.
Chamado de Lude, ele tinha orgulho do nome, apesar das correspondências virem sempre endereçadas a Lindomar ou Antenor, nunca a Ludenor.
Nascido em Tatuí (a 141 km de São Paulo), ele chegou à capital paulista ainda criança. Estudou e trabalhou muito e em diversas funções. Serviu ao Exército, foi instrutor de paraquedismo, locutor de rádio, secretário do industrial Ciccilo Matarazzo, dentista.
Era corajoso e um pouco imprudente, o que lhe rendeu alguns atos heroicos, como a retirada de vítimas de um incêndio em um depósito do Exército, em Deodoro, no Rio, e o primeiro salto noturno de paraquedas realizado em terra firme no Brasil. Por diversão, chegou a saltar de trens em movimento com a mulher.
Começou a sossegar apenas mais velho, depois do casamento e dos filhos. Formou-se em odontologia, abriu seu consultório na Bela Cintra, centro de São Paulo, exercendo a profissão por mais de 50 anos. Parou só depois dos 80.
Adorava beber, ler jornal na madrugada, dar jogos de loteria aos conhecidos, ver os filhos declamarem poesia. Não gostava de música. Dizia que "doía no osso de sua cabeça".
Não era supersticioso, mas ficou mais "atento" após escapar de uma queda de avião nos anos 50, no Santos Dumont, no Rio. Anos depois, também se livrou de um arrastão ao perder um ônibus.
Morreu dia 8, aos 88 anos, devido a uma parada cardíaca. Deixa mulher, ex-mulher, cinco filhos, sete netos, uma irmã, sobrinhos e amigos.
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