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    Crise da água

    Um ano após momento crítico, sistema Cantareira vive mudança de cenário

    DE SÃO PAULO

    25/06/2016 02h00

    Moacyr Lopes Junior/Folhapress Joel Silva/ Folhapress
    JOANOPOLIS, SP, BRASIL. 30.06.2015. Area de captacao da Sabesp, da represa Jaguari/Jacarei, na regiao de Joanopolis; medicoes diarias da Sabesp indicam estabilizacao do nivel de armazenamento apesar da pouca chuva. (Foto: Moacyr Lopes Junior/Folhapress, COTIDIANO). ***EXCLUSIVO*** JOANOPOLIS, SP, BRASIL- 07-06-2016 : Ponto de captacao do tunel 7 da represa Jaguari/ Jacarei do sistema cantariera, que esta com mais de 50% ded sua capacidade, devidos as chuvas dos ultimos diasBairro Atibainha em Bom Jesus alagado, devido as fortes chuvas na ultima noite.. ( Foto: Joel Silva/ Folhapress ) ***cotidiano *** ( ***EXCLUSIVO FOLHA***)
    Comparativo da represa Jaguari/Jacareí, em Joanópolis, em junho de 2015 e em junho de 2016

    Há um ano, em uma represa no município de Joanópolis, a 120 km de São Paulo, funcionava o "centro nervoso" do sistema Cantareira.

    Com a ajuda de máquinas e bombas, era de lá que a água era puxada do fundo do quase seco do manancial e depois distribuída para cerca de 5 milhões de pessoas da Grande São Paulo. À época, a Jaguari-Jacareí operava com apenas 7% de sua capacidade.

    Agora, um ano depois e 490 bilhões de litros a mais, a maior represa do Cantareira atingiu 56,7% de sua capacidade e não depende mais do chamado volume morto, a porção de água abaixo dos tubos de captação. Além dos números e índices, o aumento de volume de água no Cantareira foi responsável por uma mudança na paisagem do manancial.

    O canal criado para a passagem do volume morto desapareceu, e os equipamentos foram todos retirados. Atípicas, as chuvas acima da média em maio e junho contribuíram para dar fôlego não somente a essa represa, como a todos os reservatórios da região metropolitana de SP após a crise de abastecimento de 2014 e 2015.

    O Cantareira, por exemplo, o principal sistema, opera atualmente com 59% de sua capacidade, ante 15% no mesmo período de 2015.

    Essa "folga" nos mananciais levou o governo Geraldo Alckmin (PSDB) a decretar o fim da crise e rever medidas adotadas no auge da estiagem, como bônus para quem economizasse e sobretaxa aos chamados "gastões" de água.

    Segundo especialistas, no entanto, diante do contexto de mudanças climáticas, secas severas deverão ser cada vez mais constantes.

    Rubens Fernando Alencar e Pilker/Folhapress

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