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    Chácara foi usada para esconder quadrilha de mega-assalto em Ribeirão

    MARCELO TOLEDO
    DE RIBEIRÃO PRETO

    05/07/2016 19h56

    Uma chácara próxima ao local em que o policial rodoviário Tarcisio Wilker Gomes, 43, foi morto na madrugada desta terça-feira (5) em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) foi o local utilizado como esconderijo da quadrilha que atacou uma empresa de transporte de valores na cidade.

    Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública, a chácara, que fica perto do km 320 da rodovia Anhanguera, foi alugada na última quinta-feira (30). Gomes foi morto no km 321 da Anhanguera, no entroncamento existente com o anel viário de Ribeirão Preto.

    Alfredo Risk
    Bandidos explodem empresa de valores em Ribeirão Preto
    Bandidos explodem empresa de valores em Ribeirão Preto

    No local, foram encontrados artefatos para a fabricação de bombas caseiras, luvas e perucas, possivelmente utilizados no ataque, de acordo com policiais ouvidos pela Folha.

    Dois veículos deixados pelos assaltantes na fuga foram encontrados e os policiais militares do Estado, inclusive nas divisas, foram informados das características de veículos que a quadrilha pode ter usado na fuga. A rodovia Anhanguera foi um dos pontos usados na fuga dos cerca de 20 assaltantes –os outros foram uma avenida da cidade e o distrito de Bonfim Paulista.

    Segundo a polícia, foram encontradas ao menos 597 cápsulas de munições, disparadas ou intactas, a maioria de calibre 762. Um cartucho de .50, com potencial para derrubar aeronaves, também foi encontrado. Policiais afirmam que mais de mil tiros foram disparados.

    Além de deixar mais de 2.000 imóveis sem energia elétrica ao atirarem em cinco transformadores na região da avenida da Saudade -onde fica a empresa de transporte de valores–, a quadrilha também fez com que faltasse água em ao menos cinco bairros de Ribeirão Preto durante a manhã. Sem energia, os poços tiveram a captação interrompida.

    Uma bomba foi encontrada a 100 metros da empresa e policiais do esquadrão antibombas foram acionados para removê-la.

    ELOS

    No velório do policial, o secretário de Estado da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, afirmou que existe a possibilidade de elo entre a quadrilha que explodiu a empresa de segurança em Ribeirão com os ataques ocorridos em Campinas e Santos nos últimos meses.

    "Pode ser que tenha sim", disse Mágino. Policiais civis e militares ouvidos pela Folha afirmaram que o montante roubado pode chegar a até R$ 60 milhões. A empresa não informou o valor levado pela quadrilha.

    Roubo em Ribeirão Preto

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