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Silvia Rosemberg (1940-2016) |
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Cotidiano
Saturday, 04-May-2024 20:10:34 -03SÍlvia Rosemberg (1940-2016)
Mortes: Forte e determinada, chegou a perseguir ladrões
FERNANDA PEREIRA NEVES
DE SÃO PAULO31/07/2016 00h00
Sílvia Rosemberg saía de um banco perto de sua casa quando foi surpreendida por dois homens em uma moto. Um deles puxou e conseguiram levar sua bolsa. Apesar de seus mais de 70 anos e da aparência frágil, ela não teve dúvida e correu atrás da moto.
Não alcançou os ladrões ou recuperou o dinheiro sacado. Na verdade, acabou sendo derrubada pela dupla. Quebrou o nariz. Mas ela era assim, surpreendia quem se engava com a aparência dela.
O mesmo aconteceu quando perdeu o marido, Henrique, há 18 anos. As filhas ficaram preocupadas, já que era ele quem cuidava de tudo. Mas Sílvia, mais uma vez, tomou a frente. Cuidou das contas, da aposentadoria, dos compromissos até o final. Repetia sempre que não queria dar trabalho a ninguém.
Nascida e criada em São Paulo, ela tinha orgulho da formação de professora, apesar de nunca ter exercido a função. Chegou a fazer pinturas em camisetas e panos de prato para vender, mas a sua prioridade sempre foi a família. Gostava de arrumar e exibir as filhas para as amigas. As roupas e cabelos das meninas sempre impecáveis.
Brincalhona, cativava todos que a rodeavam. Não esquecia nenhum aniversário, gostava de receber os amigos, batia papo com todos da rua. Para a família, fazia pizzadas todos os domingos em sua casa.
Não era muito de sair e, sempre que as filhas ligavam, começava a listar os problemas e dores que tinha. Brincava e dizia que que estava quase "indo pro beleléu". Morreu dia 22, aos 75 anos, em decorrência de um AVC. Deixa três filhas, sete netos, dois irmãos e os sobrinhos.
Arquivo Pessoal Silvia Rosemberg ao lado de sua família coluna.obituario@grupofolha.com.br
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