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    Médica cubana do Mais Médicos é estuprada em posto de saúde em PE

    CLÁUDIA COLLUCCI
    DE SÃO PAULO

    03/08/2016 22h44

    Uma médica cubana do Programa Mais Médicos foi estuprada dentro de um posto de saúde no município de Capoeiras, agreste de Pernambuco.

    Segundo a Polícia Civil do município, o crime ocorreu na última segunda-feira (1º).

    Um homem armado com uma faca entrou no posto e anunciou um assalto. No momento do crime só estavam no local a médica e outra funcionária. Não havia seguranças na unidade.

    Ainda segundo a polícia, os celulares das duas foram roubados. A funcionária foi isolada numa sala, e a médica violentada no consultório.

    Em nota, o Ministério da Saúde disse "lamentar o ocorrido" e que está providenciando a transferência da profissional para uma outra cidade até o fim da semana.

    Afirmou também que a médica está recebendo apoio e que foram adotadas as medidas previstas no SUS para vítimas de violência sexual, com a medicação de emergência contra gravidez e doenças sexualmente transmissíveis, além de testes para detectar alguma infecção.

    EMBATES

    Ao mesmo tempo em que ganhou apoio de parte da população, o Mais Médicos se manteve nos últimos três anos como alvo frequente de embates entre governos, movimentos de saúde e entidades médicas.

    Criado para levar médicos a regiões onde há carência de atendimentos, o programa tem enfrentado problemas em algumas cidades, como a substituição de profissionais efetivos por bolsistas do programa, infraestrutura precária, descumprimento ou falta de controle das cargas horárias e baixa supervisão.

    Além disso, grupo se dividem diante de possíveis mudanças em critérios do programa. Associações médicas, por exemplo, são contrárias à prorrogação do contrato com médicos estrangeiros.

    "Não somos contra médicos que se formaram fora virem trabalhar aqui. Mas, a partir do momento em que não são avaliados, não temos garantia de que são bons médicos", diz o presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino Cardoso.

    Outras propostas, como a mudança nas regras que hoje ofertam a participantes brasileiros bônus de 10% na nota em provas médicas, têm ganhado apoio.

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