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    Dentista morre após ser espancado por pichadores na zona norte de São Paulo

    DE SÃO PAULO

    08/08/2016 13h54 - Atualizado às 00h39

    Reprodução
    Muro pichado na Zona Norte da capital paulista. Pichadores espancaram dentista até a morte
    Muro pichado na zona norte da capital paulista

    Um dentista morreu após se envolver em uma briga e ser espancado por homens que picharam a fachada de sua casa na madrugada de sábado (6), no Jaraguá, zona norte de São Paulo.

    Imagens de câmeras de segurança mostram quando um grupo de homens para em frente à casa do dentista Wellington Silva, 39, por volta das 2h, e começa a pichar o muro. Segundo o boletim de ocorrência, eles fugiram quando Wellington e seu pai, Manuel, um aposentado de 76 anos, foram ver o que acontecia fora de casa.

    As câmeras mostram Manuel indo atrás do grupo com o que aparenta ser um facão. O dentista sai em seguida, atrás do pai.

    De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública, os pichadores se reagruparam quando viram que a família os procurava. Foi aí que começaram as agressões. Espancado, Wellington foi levado ao pronto-socorro de Pirituba, mas não resistiu. O pai dele passa bem.

    "Vieram em cima com tijolo, pedra, concreto, pau. Uma coisa demais", relatou Manuel na manhã desta segunda (8).

    O caso foi registrado no 33º DP (Pirituba) como homicídio e lesão corporal. Não foram constatados sinais de arrombamento na casa e nenhum objeto foi roubado, segundo a secretaria.

    A Polícia Civil já está com outras imagens de câmeras de segurança que mostram os cinco pichadores suspeitos de participarem do espancamento.

    As imagens mostram os pichadores saindo do veículo com spray e garrafas de bebidas nas mãos. Na sequência, picham a residência e vão embora no mesmo carro.

    FAMÍLIA

    "Eles acabaram com meu irmão. Só não mataram meu pai porque acharam que ele estava morto", disse o advogado e irmão da vítima Willian de Souza, 44 anos.

    O pai da vítima contou na delegacia que viu pelo menos dez pessoas e que havia uma mulher no grupo.

    No mesmo dia da agressão, os familiares descobriram páginas no Facebook com três nomes pichados na casa. Os mesmos nomes foram rabiscados em outra casa próxima ao local em janeiro. As pessoas chegaram a ser ouvidas na delegacia.

    "Nós entregamos tudo para a polícia e até agora nada. Só espero que na missa de sete dias do falecimento do meu irmão, esses assassinos estejam na cadeia", disse o advogado.

    Os familiares afirmam que, no dia do crime, um suspeito que teve o nome pichado no portão foi detido para averiguação e liberado por falta de provas. "Ele estava com a mão suja de sangue, o nome pichado no portão e também tem as imagens", disse Anderson Brandão, 33, primo da vítima.

    Colaborou Amanda Gomes, do "Agora"

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