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Lydia Maria Palmyra Lomonaco Bianco (1926-2016) |
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Cotidiano
Saturday, 18-May-2024 23:00:47 -03Lydia Maria Palmyra Lomonaco Bianco (1926-2016)
Mortes: Uma mãe apaixonada por crochê e jogos de tênis
FERNANDA PEREIRA NEVES
DE SÃO PAULO09/08/2016 00h00
Lydia não tinha vestido ou sapatos para a festa de casamento de dois colegas. Com 18 anos, ela nem tinha um convite, mas gostava de dançar, e decidiu aproveitar a desistência da irmã, a verdadeira convidada. Pegou roupa emprestada e foi para a festa.
A jovem, que havia aprendido a dançar com um tio, dois anos antes, durante uma viagem ao Rio, foi à festa por causa dos passinhos e rodopios na pista de dança, mas acabou encontrando também Antônio Luiz, seu "primeiro e único homem" -frase que ela repetiu até o final da vida.
O namoro dos dois durou seis anos, o casamento, quase 30, até a morte dele, em 1989. Sempre calma e carinhosa, Lydia conseguia amenizar o jeito tempestuoso do marido. Costumava dizer que estava tudo bem e soltava um "paciência" quando as coisas davam errado. Tinha momentos de irritação, desentendimentos, mas duravam pouco.
Dividia com o marido o gosto por esportes, em especial, pelo tênis. Praticou por 30 anos, até sofrer uma fraturar no fêmur, em 1989. Ficou mais caseira com a contusão e os jogos passaram a ser acompanhados apenas pela TV.
O crochê era outra paixão de Lydia. Fazia casaquinhos e mantinhas para familiares, amigos e até desconhecidos. Era encontrar uma grávida na rua para prometer uma peça para o enxoval. Promessa que ela sempre cumpria.
Gostava muito de animais, tendo a poodle Chérie como uma grande companheira.
Completou 90 anos em março, já internada devido a um câncer de mama. Morreu dia 2, deixando dois filhos, quatro netos, três bisnetos, sobrinhos e sobrinhos-netos.
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