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    RN volta a ter ataques uma semana após chegada de tropas do Exército

    FRANCISCO COSTA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM NATAL

    09/08/2016 18h50

    Renata Moura/Folhapress
    Homens do Exército próximo a ônibus queimado na praia Brasilia Teimosa, em Natal
    Homens do Exército próximo a ônibus queimado na praia Brasilia Teimosa, em Natal

    Quase uma semana após a chegada de tropas do Exército e da Marinha, o Rio Grande do Norte voltou a registrar uma série de ataques na madrugada desta terça-feira (9).

    Uma base da Polícia Militar foi incendiada por volta das 3h, no Parque das Dunas 6, em Pajuçara. Segundo a polícia, relatos de vizinhos da base indicam que cinco homens invadiram o local, atearam fogo em colchões e destruíram um vaso sanitário. Após o crime, eles teriam saído gritando o nome de uma facção criminosa. As chamas foram contidas pelos próprios moradores.

    No bairro de Mãe Luiza, zona leste da capital, um adolescente e dois homens armados tentaram incendiar um ônibus no início da manhã, mas foram impedidos pela polícia. O adolescente foi apreendido e encaminhado para a Delegacia Especializada de Atendimento ao Adolescente Infrator. Os outros dois homens conseguiram fugir.

    Em Alcaçuz, maior presídio potiguar, localizado na região metropolitana de Natal, três homens foram mortos a facadas. Luciano Cunha Gomes, 37, condenado por homicídio, Alexsandro Barros de Andrade, 25, preso por tráfico de drogas, e Anderson Freitas de Andrade, detido por roubo.

    A direção do presídio afirmou que o pavilhão 1, onde as mortes ocorreram, não tinha histórico de violência entre os presos.

    ATAQUES NO RIO GRANDE DO NORTE
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    Com os novos ataques, o Estado já registra 112 casos de violência em um total de 33 cidades.

    A Secretaria de Estado da Segurança Pública não confirmou que as mortes no presídio, o incêndio na unidade da PM e a tentativa de incêndio no ônibus tenham relação com ações criminosas em represália por instalação de bloqueadores de telefone celular nos presídios. A Policia Civil investiga as últimas ocorrências.

    O governo do Estado suspeita que os ataques estejam ligados à atuação da facção criminosa Sindicato do Crime, ligada ao Comando Vermelho, do Rio, e rival do Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo. A série de ataques teve início após a instalação de bloqueadores de celular em presídios estaduais.

    Nas praias e áreas turísticas, o movimento começou a voltar ao normal no fim de semana, após a sequência de atentados. O volume de turistas, porém, está bem abaixo do esperado para esta época do ano em Natal.

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