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    Motorista de táxi decidirá se aplica bandeira 1 ou 2; veja como funciona

    DE SÃO PAULO

    23/08/2016 02h02

    A partir desta quarta-feira (24), cada taxista está liberado para decidir, corrida a corrida, se cobra ou não o adicional de 30% da bandeira 2 nos serviços prestados em São Paulo, das 20h às 6h dos dias úteis ou em qualquer hora de domingos e feriados.

    Essa é uma das principais alterações feitas pela gestão Fernando Haddad (PT) nas regras para tarifas do serviço de táxis, conforme portaria da Secretaria Municipal dos Transportes publicada no "Diário Oficial" da Cidade da última sexta-feira (19).

    De acordo com a direção do Simtetaxis (Sindicato dos Motoristas nas Empresas de Táxis no Estado de São Paulo), não será feita nenhuma recomendação sobre o tema para a categoria. Será importante, portanto, que os usuários desse serviço acertem antes da viagem se o motorista usará ou não a bandeira 2.

    Robson Ventura/Folhapress
    Táxi em São Paulo
    Táxi em São Paulo

    "Nada opcional anda", critica Everson Silva Albuquerque, diretor do sindicato. "Ou impõe ou não adianta ser opcional. Isso ainda vai dar confusão", prossegue.

    O Simtetaxi é contra a edição dessa portaria e afirma que o assunto não foi discutido na câmara temática para táxis do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito.

    Outra mudança promovida pela gestão Haddad foi a uniformização dos valores praticados pelas diversas modalidades do serviço (comum, preto, rádio-táxi, especial e luxo) em R$ 4,50 de bandeirada mais R$ 2,75 por quilômetro percorrido.

    Esse também é um ponto criticado pelo Simtetaxi. "A categoria foi prejudicada outra vez. Tem gente que pagou R$ 200 mil para ter carro blindado, oferecer serviço diferenciado, e agora vai precisar cobrar o mesmo preço de um táxi comum. Não faz sentido", afirma Albuquerque.

    Além disso, foram revogadas as cobranças de adicional de 50% para viagens com destino final a outros municípios da região metropolitana, de uso do porta-malas e de chamada de rádio-táxi.

    De acordo com a gestão Haddad, essas medidas servem para tornar os táxis mais competitivos na disputa com aplicativos de transporte como Uber e Cabify, que conectam passageiros a motoristas particulares e que foram regulamentados neste ano pela Prefeitura de São Paulo.

    Esses aplicativos não só costumam ter preços mais baixos como também nunca cobraram, por exemplo, a taxa adicional de 50% do valor da corrida para viagens com destino final fora da capital.

    Atualmente, uma corrida da av. Paulista ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande SP), custa entre R$ 82 e R$ 109 pelo Uber Black, categoria mais luxuosa do serviço, segundo simulação do próprio aplicativo. Já uma corrida com táxi comum sairia por R$ 135 (R$ 90 da corrida mais R$ 45 de adicional).

    Com a mudança, o valor final nesse trajeto deve ficar próximo de R$ 90.

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    PERGUNTAS E RESPOSTAS

    Quem decide pela cobrança da bandeira 2 opcional?
    O próprio taxista, no momento da corrida. É importante consultá-lo antes do embarque.

    Vou para o aeroporto de Guarulhos, preciso pagar uma taxa?
    Não, a disposição que estipulava adicional de 50% em viagens para fora da capital foi revogada. Taxistas também não podem mais cobrar pelo uso do porta-malas.

    O que mais mudou?
    As tarifas de todas as modalidades (como rádio-táxi, preto e luxo) foram igualadas às de táxis comuns: R$ 4,50 de bandeirada mais R$ 2,75 por quilômetro percorrido.

    Ainda tenho que pagar duas bandeiradas se chamar um rádio-táxi com hora marcada?
    Não, essa regra foi anulada pela Prefeitura de São Paulo.

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