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    Vazamento de amônia em indústria deixa 1 morto e 30 feridos em Barretos

    MARCELO TOLEDO
    DE RIBEIRÃO PRETO

    31/08/2016 15h34 - Atualizado às 18h34

    Uma pessoa morreu e 30 ficaram feridas após um vazamento de amônia no frigorífico Minerva, em Barretos (a 423 km de São Paulo), na manhã desta quarta-feira (31).

    O frigorífico foi evacuado após o acidente. As causas ainda são desconhecidas, mas uma das suspeitas é que a amônia, que é tóxica, tenha vazado após uma explosão numa câmara frigorífica.

    Os feridos, com sintomas como falta de ar, vômito e dor de cabeça, foram encaminhados à Santa Casa de Barretos e à UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) da cidade.

    De acordo com a Santa Casa, foram atendidas 21 vítimas na unidade hospitalar, das quais 20 já receberam alta. Uma ainda encontra-se internada em observação na noite desta quarta-feira, com quadro estável e sem risco de morte. O nome do funcionário que morreu não foi divulgado.

    Edson Silva/Folhapress
    Frigorífico Minerva
    Frigorífico Minerva, em Barretos, em foto de 2008

    Ainda segundo o hospital, as famílias dos empregados envolvidos com o acidente foram recebidas numa sala separada, com atendimento de psicólogos e assistentes sociais. Cada paciente liberado recebeu uma carta com orientações para procurar uma unidade de saúde caso tenha algum sintoma fora do normal ou desconforto.

    Na UPA, de acordo com a prefeitura, foram atendidas outras nove pessoas, com quadro de comprometimento respiratório.

    Não é o primeiro episódio envolvendo vazamento de amônia e o frigorífico. Em março de 2013, o Minerva foi condenado pela Justiça do Trabalho de Araraquara a pagar R$ 200 mil por danos morais coletivos devido a irregularidades após vazamento de amônia ocorrido no ano anterior. A empresa alegou à época que ninguém foi intoxicado.

    O inquérito do Ministério Público do Trabalho concluiu que o vazamento foi causado por uma falha mecânica do resfriamento de água.

    A empresa, que também respondia a uma outra ação civil pública em Araraquara por não realizar o controle de vazamentos de amônia, firmou acordo judicial com o MPT em 2014, no valor de R$ 750 mil, para extinguir as ações.

    Nas ações protocoladas, a Promotoria fez referência a casos de vazamentos que resultaram em acidentes com graves consequências à saúde dos trabalhadores em Goiás, Minas Gerais e São Paulo.

    CONTIDO

    A Minerva Foods informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o vazamento de amônia em Barretos já foi contido e que está "fornecendo todo o apoio necessário aos seus colaboradores".

    Ainda de acordo com a assessoria, não há mais detalhes sobre o incidente, a empresa prima pelo cumprimento das normas de segurança e o atendimento às pessoas está sendo priorizado.

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