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    Viaduto Santo Amaro é liberado para trânsito de carros em SP

    DE SÃO PAULO

    06/09/2016 11h30

    Quase sete meses depois de um acidente envolvendo dois caminhões abalar a estrutura do viaduto Santo Amaro, que passa sobre a avenida Bandeirantes (zona sul de São Paulo), a via foi totalmente liberada para trânsito de carros. Os pedestres ainda não podem circular pelo viaduto.

    Segundo a Siurb (Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras), as faixas da pista sentido bairro e a faixa central da pista sentido centro foram liberadas na madrugada desta terça-feira (6).

    No dia 29 de agosto, a secretaria já havia liberado as duas faixas da pista sentido centro para tráfego de carros. Com isso, as duas pistas, com três faixas de rolamento cada, sendo duas para carros e uma para os ônibus, estão com a circulação normalizada. O viaduto permaneceu completamente interditado até dia 25 feveireiro, quando duas faixas foram liberadas para a passagem de ônibus —no total, 25 linhas passam sobre a via. Depois, em março, a administração municipal liberou os taxistas.

    Contudo, o viaduto ainda não foi liberado para a circulação de pedestres já que as obras da calçada e da parte de segurança da via ainda estão em fase final. De acordo com a secretaria, as caçadas –que agora estão na duas laterais do viaduto– já foram concretadas, mas ainda falta a colocação de gradis nas cabeceiras no sentido centro/bairro, nas rampas de acesso e a instalação da iluminação. Já no sentido contrário, os gradis já foram colocados.

    A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) informou que os pedestres devem realizar a travessia por baixo do viaduto, onde podem atravessar com segurança pela faixa de pedestre. A expectativa é que o trânsito melhore um pouco na região com a liberação do tráfego de carros no viaduto.

    Na reforma, a gestão Fernando Haddad (PT) aproveitou para aumentar o vão central do viaduto, passando de 4,4 metros para 5,6 metros. Na parte inferior, segundo a secretaria, depois de finalizar o reforço estrutural na parte superior e da nova pavimentação, o viaduto recebeu jatos de concreto.

    Questionada sobre a estimativa de gasto para a reforma do viaduto, a secretaria informou que só depois da última medição é que divulgaria o valor final da obra. Depois dessa divulgação, a prefeitura deve pedir ressarcimento do valor da obra pela empresa de caminhões.

    ACIDENTE

    No dia 13 de fevereiro, uma batida de dois caminhões na avenida dos Bandeirantes, causou um incêndio que abalou a estrutura do viaduto. Desde então, o viaduto passou por obras e foi sendo liberado aos poucos ao tráfego.

    Um dos veículos, um caminhão-tanque, estava carregado com cerca de 40 mil litros de álcool e de gasolina e pegou fogo após a batida. O segundo caminhão transportava açúcar. Ninguém se feriu.

    No dia 16 de fevereiro, o prefeito Fernando Haddad (PT) chegou a afirmar que a chance de recuperação da estrutura era de apenas 5%, completando que a demolição do viaduto era quase tida como certa.

    Porém, após três laudos contratados, a administração municipal desistiu da ideia. "Contrariamente às expectativas iniciais, apontadas pela maior parte dos especialistas de que a gente deveria demolir o viaduto, os laudos apontam que é possível a recuperação", afirmou o secretário municipal de Obras, Roberto Garibe, na época.

    Logo em seguida, em uma rede social, o ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf (PP) disse que obra sua não cai nem "com explosão". "A Prefeitura de São Paulo desistiu de demolir o viaduto Santo Amaro, que é minha obra dos anos 70. Além de ser uma obra boa, pois resistiu à explosão, deixaria a região um caos sem ela. Obra minha não cai nem com explosão". Maluf inaugurou a obra durante a primeira gestão como prefeito de São Paulo, entre 1969 e 1971, designado pelo regime militar.

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