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    Darcy Bürger Júnior (1959-2016)

    Mortes: O diretor que contou a história da MPB

    LUISA LEITE
    DE COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    07/09/2016 00h00

    Era 1998. Darcy Bürger, mais conhecido como Dadá, dirigia um show do Tim Maia para o Multishow no Teatro Municipal de Niterói. Na primeira música, o cantor começou a passar mal. Enquanto era socorrido pelo Corpo de Bombeiros, Tim disse: "Mas Dadá, e se eu morrer?"

    Achando a hipótese improvável, Dadá respondeu: "Tim, se você morrer eu te faço um tributo". Uma infecção vitimou o cantor oito dias depois.

    Do tributo a Tim ao show de Beth Carvalho no Canecão, Dadá foi um personagem importante na história da música brasileira. História que contou não apenas em séries como "O Samba Pede Passagem" e "Os Anos 80 Estão de Volta", mas também em rodas de amigos em mesas de bar no Baixo Leblon.

    Vivia para ver a Fundição Progresso ou o Circo Voador lotados com uma plateia vibrante na gravação de algum DVD ao vivo.

    Dadá nasceu em Volta Redonda (RJ), mas se mudou para o Rio aos dez anos, após o pai, engenheiro, ser transferido para a cidade. Cresceu no Jardim Botânico, ao lado da TV Globo, onde começaria a carreira anos mais tarde.

    "Ele sempre tinha 2.000 histórias para contar. Todos paravam para ouvir", relata a irmã, Márcia.

    Começou a trabalhar nos anos 70, quando aprendeu a editar vídeos sozinho para a Globo. Foi diretor em várias emissoras antes de fundar sua produtora, a B2 Filmes. Na última segunda (29), aos 57 anos, não resistiu a um infarto fulminante.

    Deixa duas filhas, dois irmãos e mais de cem DVDs que retratam a música popular brasileira.

    coluna.obituario@grupofolha.com.br

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