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    Rio de Janeiro

    Coronel da PM é preso no Rio sob suspeita de estuprar menina de 2 anos

    FELIPE DE OLIVEIRA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

    11/09/2016 17h16 - Atualizado às 18h43

    Um coronel reformado da Polícia Militar foi preso na madrugada deste domingo (11) sob suspeita de ter estuprado uma menina de dois anos dentro de um carro, no bairro de Ramos, na zona norte do Rio.

    De acordo com a polícia, os agentes receberam a denúncia de que um veículo suspeito estaria estacionado durante a madrugada nas proximidades de um posto de gasolina na rua Barreiros.

    Os PMs afirmam que, ao chegarem ao local, encontraram a menor nua sendo molestada pelo coronel Pedro Chavarry Duarte, 62, no banco de trás do carro.

    Ainda segundo os agentes, durante a abordagem, o suspeito, que já foi candidato a deputado federal pelo Partido Social Liberal, identificou-se como coronel presidente da Caixa Beneficente da PM e pediu que a ocorrência fosse encerrada.

    Ele também teria chegado a oferecer dinheiro aos PMs para que não fosse feito o registro do caso; um dos policiais registrou a oferta em vídeo. Os PMs recusaram o suborno e deram voz de prisão ao coronel, que foi encaminhado para a Cidade da Polícia.

    A Polícia Civil informou que Duarte foi preso em flagrante pelos crimes de estupro de vulnerável e corrupção ativa, por ter tentado subornar os policiais.

    A criança foi entregue aos responsáveis legais e será encaminhada à Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, para prestar depoimento. O Conselho Tutelar foi acionado e irá auxiliar na investigação do caso.

    Já o coronel foi encaminhado para a Unidade Prisional da PM, em Niterói, na região metropolitana do Rio.

    OUTRO LADO

    A Folha ligou para o telefone da residência e para o celular do coronel, porém não conseguiu encontrá-lo. A assessoria de imprensa da Caixa Beneficente também foi contatada, mas até a publicação deste texto não havia se pronunciado. A Polícia Civil não passou nenhum contato de advogado do suspeito.

    Por meio de nota, a PM informou que "repudia e combate qualquer tipo de crime" e acrescentou que o coronel vai responder a um processo administrativo disciplinar. O militar pode ser expulso da corporação.

    "O crime não pode passar da pessoa de quem o cometeu. Não é a instituição, mas um cidadão que cometeu um crime abjeto e que não teve e nunca terá a nossa complacência", afirma o comunicado.

    "A PM prendeu o policial; a PM não aceitou fazer por menos; a PM conduziu a ocorrência para registro; a PM conduziu o policial preso para a Unidade Prisional da PM em Niterói", finaliza o texto.

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