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    Polícia prende suspeito de matar catador de papelão com flechada

    PAULO GOMES
    DE SÃO PAULO

    15/09/2016 18h35 - Atualizado às 12h49

    A Polícia Civil prendeu, na tarde desta quinta-feira (15), o suspeito de matar, com uma flechada, o carroceiro Aldemir Ribeiro Pontes, na quarta-feira (14), no centro de São Paulo.

    Segundo a polícia, Denis Young Kim, 33, filho de coreanos, matou Pontes por causa de uma divergência antiga. Um outro carroceiro disse que Pontes bateu com sua carroça no carro de Kim, um Peugeot 206 prata, e que o rapaz exigia uma reparação.

    Ainda de acordo com a investigação, Pontes trabalhou em uma reforma no prédio em que Kim morava, no mesmo bairro –um indício de que eles já se conheciam.

    A seta que matou o carroceiro tinha uma ponteira com lâminas abertas, o que agravou o corte na jugular, diz o investigador chefe do 2º DP, Aguinaldo Rios. Segundo o técnico em arco e flecha Rodnei Ramos, a besta não requer muita habilidade ou treinamento para ser utilizada.

    No apartamento de Kim foi encontrada a besta que teria sido utilizada para o crime, bem como uma espada, outras armas brancas e 41 gramas de maconha. No computador do homem havia histórico de busca sobre o caso e diversas pesquisas como "polícia busca imagens de câmeras de rua onde homem foi morto".

    A polícia afirma que a arma estava embrulhada e que o rapaz estava com malas prontas, o que indicaria a intenção de fugir. Ainda de acordo com a polícia, Kim ainda reagiu à prisão, tentou lutar e escapar.

    Ele deverá ser indiciado sob acusação de homicídio, com pedido de prisão temporária, e já foi indiciado por porte de drogas, uso de arma branca, desacato, desobediência e resistência.

    O carro prata também foi apreendido, com a identificação da cidade na placa traseira raspada e fita isolante adulterando um dos números. Na placa da frente, a fita omitia a cidade. O veículo tinha ainda uma batida na lateral traseira, mas não se sabe se foi a mesma que, para a polícia, motivou o crime.

    AUTORIA

    Franzino, com sotaque forte e tatuagens no pescoço (a de um soco inglês e a de uma marca de batom), Kim não assumiu a autoria do crime, segundo a polícia. Ele não tinha advogado constituído para representá-lo após a prisão.

    Kim já foi detido em outra ocasião, em 2013, por ter esfaqueado um homem em uma briga. Na ocasião, a vítima, desarmada, sobreviveu, e o rapaz justificou o ataque como legítima defesa.

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