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    Economista mata a mulher a facadas após discussão em São Paulo

    AMANDA GOMES
    DO "AGORA"

    21/09/2016 02h00

    Reprodução/TV Globo
    O economista Chateaubriand Diniz e a bancária Mariana Marcondes
    O economista Chateaubriand Diniz e a bancária Mariana Marcondes

    O economista Chateaubriand Bandeira Diniz Filho, 51, foi preso nesta terça (20) sob suspeita de ter matado a mulher, a bancária Mariana Marcondes, 43, a facadas, durante briga por ciúmes devido a supostas mensagens de WhatsApp.

    O assassinato ocorreu na noite de sábado (17), em um apartamento no Belém (zona leste). Segundo a polícia, os filhos do casal, um menino de 6 anos e uma menina de 9 anos, presenciaram a discussão e viram a mãe morta.

    O suspeito alega legítima defesa. Segundo o seu advogado, Alexandre de Sá Domingues, após um churrasco no prédio, a mulher mandou uma mensagem para outro homem pelo celular de Diniz Filho. Após discussão, ele a esfaqueou algumas vezes. Viajou com os dois filhos do casal para o Rio, onde os deixou com a avó paterna.

    As mensagens enviadas foram apagadas pelo suspeito, diz Domingues. A polícia não falou sobre a motivação do crime, mas afirmou que fará perícia no telefone.

    O corpo da bancária só foi achado na tarde de segunda (19) após o irmão dela ligar para a PM. Diniz Filho se apresentou nesta terça, no início da tarde, à Polícia Civil. A Justiça decretou sua prisão temporária à noite.

    Danilo Verpa/Folhapress
    Supostamente, mensagens de WhatsApp motivaram o crime
    Supostamente, mensagens de WhatsApp motivaram o crime

    A bancária estava caída no corredor do apartamento, com ferimentos de faca na barriga e sangue na cabeça. Ao lado de seu corpo havia um toco de vela queimada –deixada pelo marido para velar o corpo, segundo polícia e advogado.

    Havia manchas de sangue pela sala. Vizinhos relatam ter ouvido uma discussão do casal no sábado à noite. Contaram que o suspeito chegou a xingar a mulher. Imagens de câmeras de segurança mostram o acusado saindo com malas e as crianças do prédio na noite de sábado.

    HISTÓRICO

    A bancária já tinha registrado dois boletins de ocorrência contra o economista por agressão. Em um dos processos, ele foi condenado a 2 anos de prisão em regime aberto por tê-la mantido em cárcere privado.

    Segundo a polícia, o casamento dos dois era conturbado e familiares da vítima alegaram que ele bebia demais, o que ocasionava discussões –a defesa dele nega.

    Em 2014, os dois se separaram e Mariana saiu de casa com as crianças. No começo do ano, ela pediu para ele ficar com os filhos porque estava desempregada e precisava cuidar da mãe doente.

    Em julho deste ano, a vítima voltou a morar com os filhos e o economista no apartamento. Segundo o advogado, os dois estavam desempregados e ele era sustentado pela família. A bancária também deixa um filho de 18 anos.

    OUTRO LADO

    O advogado do economista, Alexandre de Sá Domingues, disse que a vítima provocou seu cliente com as mensagens de WhatsApp e, por isso, ele perdeu a cabeça e a matou durante a briga, em legítima defesa.

    Para o economista, ela fez isso porque queria ficar com o apartamento. Segundo o advogado, ele contou que, durante a discussão, ela foi para o quarto e apontou uma faca em sua direção e dizia que ele deveria sair da residência.

    O economista disse à polícia que ela dava risada enquanto apontava a faca quando ele tentou tirar o objeto dela e cortou a mão. A mulher também teria mordido sua mão quando ele pegou a faca e passou a perfurá-la. O advogado disse que o suspeito não chamou a polícia porque pensou nos filhos e resolveu deixá-los no Rio.

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