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    Justiça confirma condenação a casal que atropelou Vitor Gurman em 2011

    JULIANA GRAGNANI
    DE SÃO PAULO

    28/09/2016 20h18

    A Justiça confirmou na segunda instância a condenação à nutricionista Gabriella Guerreiro e ao empresário Roberto de Souza Lima, obrigados a pagarem indenização pelo atropelamento que matou o administrador Vitor Gurman, em 2011, aos 24 anos. Ainda cabe recurso.

    Em abril, os dois haviam sido condenados a pagar aproximadamente R$ 1,5 milhão a familiares de Gurman. Guerreiro e Souza Lima pleitearam na Justiça a diminuição do valor. Agora, a decisão em segunda instância reduziu o pagamento para aproximadamente R$ 1,2 milhão –cerca de R$ 260 mil para a mãe, R$ 260 mil para o pai e R$ 100 mil para a avó, em valores corrigidos, com juros.

    Os desembargadores entenderam que a quantia reservada à avó de Gurman, inicialmente também R$ 260 mil, deveria ser reduzida. Além disso, Guerreiro e Souza Lima terão de pagar indenização de R$ 22,4 mil por danos materiais ao pai e à mãe, além de R$ 5.000 ao tio do rapaz, Nilton Gurman.

    Gabriella –que dirigia o carro na madrugada de 23 de julho daquele ano, na Vila Madalena (zona oeste)–, foi denunciada por homicídio por dolo eventual (quando se assume o risco de cometer o crime) em 2013. Na esfera criminal, não há decisão judicial e ela responde ao processo em liberdade.

    Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
    SO PAULO, SP, BRASIL, 5/8/2011, 12:04:47: O advogado Jose Luis Oliveira Lima, acompanhado de sua cliente Gabriella Guerreiro Pereira, no 14 DP, para depor e explicar o acidente que matou Vitor Gurman. Ela dirgia o Land Rouver, que atropelou o rapaz. Na saida o advogado falo com a Imprensa. Saindo do DP. (Foto: Luiz Carlos Murauskas/Folhapress, COTIDIANO)
    A nutricionista Gabriella Guerreiro Pereira deixa o 14º DP acompanhada do advogado José Luis de Oliveira Lima, em 2011

    Lima, dono do carro e namorado de Gabriella à época, estava no banco do passageiro quando a motorista perdeu o controle na rua Natingui e atingiu Gurman na calçada. Após o atropelamento, o carro bateu no muro e tombou.

    O advogado de Souza Lima, Thiago Mendes Ladeira, diz que irá recorrer da decisão, pleiteando exclusão da avó dos pagamentos por indenização moral ou redução do valor destinado a ela, além da redução do pagamento ao pai e à mãe de Gurman. Alexandre Venturini, advogado da família Gurman, defende o pagamento à avó por entender que ela mantinha uma relação de "extrema proximidade" com o neto.

    A Folha tentou contato na noite desta quarta (28) com o advogado de Guerreiro na esfera cível, Ricardo Gomes de Andrade, em seu escritório, sem sucesso.

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