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    CÁSSIO MACHADO DE CAMPOS BOTTINO (1963-2016)

    Mortes: Era referência no tratamento do Alzheimer

    THIAGO AMÂNCIO
    DE SÃO PAULO

    03/10/2016 00h00

    Foi a doença do avô paterno, de quem era muito próximo, que fez Cássio Bottino se tornar referência no tratamento do Mal de Alzheimer. Professor de psiquiatria na Faculdade de Medicina da USP e médico do Hospital das Clínicas, foi pioneiro na psiquiatria geriátrica no país.

    Dedicou toda a vida à pesquisa acadêmica. Tem seu nome publicado em uma série de livros, dentre eles "Clínica Psiquiátrica", vencedor do prêmio Jabuti em 2012 na categoria Ciências da Saúde.

    Foi coordenador do Proter (Programa Terceira Idade), diretor da unidade de Gerontopsiquiatria e coordenador do Centro de Referência em Distúrbios Cognitivos, do Hospital das Clínicas de SP.

    "No começo até achava ruim, mas depois a gente assimilou e passou a ter orgulho", conta a mulher, Sara, também médica, que conheceu na residência em psiquiatria. "A família cresceu junto com a carreira dele", diz.

    Primeiro neto de família italiana tradicional, cresceu cercado de afeto, conta Sara.

    Nascido e criado no Bixiga, tradicional bairro italiano da região central de São Paulo, não deixava faltar massa e bife à milanesa nas comemorações.

    Amante de jazz, aprendeu a tocar baixo após descobrir um câncer de próstata aos 49 anos. Aproveitou para montar uma banda com a família –os filhos na guitarra e bateria, a mulher no microfone–, com ensaios todas as segundas e apresentações esporádicas em aniversários.

    Continuou trabalhando até dias antes de morrer, no último dia 19, aos 53 anos. Deixa os pais, a mulher e três filhos.

    coluna.obituario@grupofolha.com.br

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