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    Murillo Ramos Correa (1950-2016)

    Mortes: Cultivava amizades fáceis e duradouras

    PAULO GOMES
    DE SÃO PAULO

    07/10/2016 00h00

    Desde pequeno, Murillo Ramos Correa gostava de estar cercado de amigos. Nascido e criado em São Paulo, passou a infância e a adolescência nas ruas da Vila Mariana, brincando com carrinho de rolimã, jogando bola e pulando cercas e muros.

    Na estreia de Garrincha pelo Corinthians, em 1966, foi com o amigo Samir ao Pacaembu. Ao entrarem no estádio, Samir deu pela falta de Murillo. "Voltei e o encontrei abraçado com o próprio Garrincha, conversando como se já se conhecessem de longa data", lembra o amigo.

    Dono de uma memória prodigiosa, contava as histórias da juventude sempre com muitos detalhes.

    A boa memória lhe seria importante: em um baile de Carnaval na ilha Porchat, em São Vicente (SP), conheceu Márcia. "Dei o meu telefone e ele guardou de cabeça", conta ela. Ele ligou, foi buscá-la no colégio e o namoro viraria casamento.

    Festeiro, fazia questão de manter vivo contato com os velhos amigos –"ele tinha muita empatia, ligava, demonstrava interesse nos problemas", diz Samir. Ao menos duas vezes ao ano, reunia a turma para comer pizza.

    Esteve rodeado pelas amizades até os dias finais. Internado para tratar de um câncer nos ossos, comemorou o aniversário no último dia 23. Foram três dias de festa no hospital, com médicos, enfermeiras e a visita de ao menos 75 amigos e familiares.

    Morreu no dia 1º. Deixa a mulher, as filhas Mariana e Carolina, e a neta Rafaela. A missa de sétimo dia será no domingo (9), às 10h, na igreja Santa Maria Madalena e São Miguel Arcanjo, na Vila Madalena.

    coluna.obituario@grupofolha.com.br

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