• Cotidiano

    Sunday, 05-May-2024 17:09:10 -03

    Transição Paulistana

    Doria estuda cortar pastas voltadas à administração e temas sociais

    THAIS BILENKY
    DE SÃO PAULO

    08/10/2016 02h00

    Marlene Bergamo/Folhapress
    PODER - Sao Paulo - Joao Doria, eleito para prefeito de Sao Paulo durante entrevista para a Folha. 04/10/2016 - Foto - Marlene Bergamo/Folhapress - 017
    Prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), em entrevista à Folha

    O prefeito eleito, João Doria (PSDB), estuda rearranjar secretarias voltadas à própria administração para tentar reduzir o número de pastas de 27 para cerca de 20, conforme prometeu durante a campanha eleitoral.

    Os alvos são estruturas como Relações Governamentais, Relações Internacionais, Comunicação, Governo e Gestão. Essas poderão ser fundidas, incorporadas ou extintas na gestão do tucano.

    A pasta de Licenciamento, por exemplo, poderá ser apropriada pela secretaria de digitalização de serviços públicos que Doria criará, conforme a Folha antecipou.

    O vereador eleito Daniel Annenberg (PSDB), que implantou o Poupatempo estadual e dirigiu o Detran, comandará o órgão.

    As secretarias de Políticas para as Mulheres e Promoção da Igualdade Racial também devem ser reformuladas. A equipe de transição de Doria estuda incorporá-las à pasta de Direitos Humanos ou ainda ao gabinete do prefeito.

    A vereadora eleita Soninha Francine (PPS) é cotada para tocar temas sociais. Durante a campanha, ela comandou agendas que tiveram a participação de Doria voltadas a mulheres, ao público LGBT e à população de rua.

    O rearranjo foi debatido ao longo da campanha eleitoral. Aliados disseram que, nesta primeira semana após a eleição, em que Doria dedicou boa parte do tempo a entrevistas e outras agendas, não foi possível bater o martelo.

    No decorrer da disputa, o então candidato recuou da decisão de extinguir a pasta voltada à inclusão de pessoas com deficiências diante de críticas de especialistas na área, como a deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP), que é cadeirante.

    Ele assegurou, contudo, que as eventuais reformulações não afetariam a atuação da administração nas áreas.

    "As políticas públicas serão mantidas integralmente, mas não os penduricalhos", afirmou, em referência a estruturas como a de motoristas e secretárias. "Tudo isso é custo. Para quê? Gerar status? Prefiro gerar política pública", disse em agosto.

    Orçamento de 2016 por secretaria - Em R$ bilhões

    Edição impressa
    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024