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    Laudo preliminar diz que jogador morreu asfixiado por comida

    AMANDA GOMES
    DO "AGORA"

    21/10/2016 02h00

    A Polícia Civil investiga a morte de Lucas Jesus dos Santos, 16 anos, zagueiro da equipe sub 17 da Portuguesa, encontrado no fundo da piscina do clube, no Canindé (região central), na manhã desta quinta-feira (20). Análise inicial dos legistas apontou que o jovem morreu por asfixia, causada por refluxo de comida.

    Segundo a Polícia Civil, o jogador havia participado de um churrasco na quarta (19), por volta das 12h, comemorando a vitória do time contra o Água Santa. Após a festa, que tinha ao menos 37 pessoas, entre jogadores, comissão técnica e diretores, cerca de 20 atletas entraram na piscina do clube.

    Segundo testemunhas, o jovem também entrou na piscina. Os colegas afirmaram à polícia que em determinado momento ele disse que sentia dor de cabeça e saiu da piscina. De acordo com o delegado titular do 12º DP (Pari), Eder Pereira e Silva, o zagueiro ficou sentado em uma espreguiçadeira e depois não foi mais visto.

    Reprodução
    Lucas Jesus dos Santos foi encontrado morto nesta quinta-feira (20)
    Lucas Jesus dos Santos foi encontrado morto nesta quinta-feira (20)

    Os atletas afirmaram à polícia que só perceberam que Santos não estava no local quando decidiram tirar uma fotografia e não o encontraram. "Eles procuraram pelo clube e não encontraram. Uma diretora disse que fez uma inspeção na piscina às 17h30 e não viu o corpo do atleta", afirmou o delegado.

    Na noite desta quinta, Silva recebeu a análise preliminar dos legistas. Segundo eles, o jovem morreu por asfixia por refluxo de comida. Diante do resultado, a principal hipótese levantada pela polícia é de que o garoto tenha voltado para a piscina e passado mal, sem que ninguém visse. "Os garotos tinham apenas uma hora para usar a piscina e era a primeira vez. Estavam alegres e realmente podem não ter visto o corpo. Além disso, a água estava turva (escura) e suja", disse o delegado. O corpo foi encontrado a três metros da superfície. O delegado já descartou a possibilidade de homicídio.

    A polícia ainda não sabe se o jogador sabia nadar. Amigos disseram que ele nadava, mas familiares negaram a informação em depoimento.

    A Portuguesa pode ser responsabilizada porque não havia nenhum salva-vidas na piscina. Para o delegado, esse profissional teria visto que o garoto havia entrado na água e sumido. A polícia disse, no entanto, que para definir as responsabilidades precisa esperar todos os laudos. A Portuguesa lamentou a morte do jogador e disse que ajuda nas investigações.

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