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    Ressaca do mar causa danos em cidades do litoral Sul e Sudeste

    DE SÃO PAULO

    29/10/2016 16h08 - Atualizado às 21h12

    A ressaca do mar que atingiu cidades litorâneas no Sul e no Sudeste do país deixou rastros de destruição. Foram registrados transtornos no litoral paulista, no Rio, no extremo sul gaúcho e em parte de Santa Catarina.

    Em Santos (SP), por volta das 15h deste sábado, a maré voltou a subir e fez com que avenidas e ruas da Ponta da Praia ficassem cobertas de água.

    A avenida Almirante Saldanha da Gama, que já havia sido interditada e tinha expectativa de ser liberada, teve os trabalhos de limpeza da via paralisados por causa da nova enchente.

    A maré alta também fez com que as balsas que fazem a travessia entre Santos e Guarujá fossem paralisadas na tarde de sábado. O serviço voltou a funcionar por volta das 16h, com apenas uma embarcação e espera de uma hora para o embarque, segundo a Dersa, empresa estatal paulista de obras rodoviárias que opera o serviço.

    De acordo com a Defesa Civil, a maré atingiu uma elevação de 2,45 metros –a altura considerada normal gira em torno de 1,50 metro. A força da água destruiu as muretas que ficam na orla e arrastou pedregulhos que servem de contenção das ondas para o meio da avenida.

    A Defesa Civil manterá o estado de alerta até o fim da noite de domingo, quando há a previsão de a ressaca perder força.

    A Prefeitura de Santos distribuiu cerca de mil panfletos em bairros da zona noroeste e na orla. Também foram enviados alertas por SMS para mais de 44,3 mil moradores das regiões cadastradas. Segundo a prefeitura, há previsão de ondas com altura de mais de três metros na entrada do canal do Porto de Santos e superiores a dois metros na Ilha das Palmas.

    RESSACA E CONTENÇÃO

    No mês de agosto, outra ressaca fez com que a água do mar invadisse avenidas, calçadas e prédios da orla, danificando um deck e atingindo mais de 60 carros e motos. Garagens de edifícios foram tomadas pela água do mar e veículos foram arrastados pelas ruas.

    À época, um barco ancorado se desprendeu e bateu, quebrando parte das muretas de proteção da orla. A ressaca ainda comprometeu o Deck do Pescador no bairro, que teve piso e corrimão destruídos. Parte da estrutura do píer cedeu e caiu dentro do mar.

    A prefeitura chegou a anunciar um plano para evitar que novas ressacas atingissem prédios da orla da praia, com a construção de uma barreira para as ondas e elevação da maré. O projeto não ficou pronto.

    Neste sábado, uma ressaca no Rio de Janeiro interditou avenida, levou ao fechamento do trecho da ciclovia Tim Maia e danificou quiosques no Leblon.

    De acordo com o Centro de Hidrografia da Marinha, ondas de até três metros podem atingir o litoral do Rio até as 10h de segunda-feira (31).

    Fortes ondas também atingiram a praia do Hermenegildo, em Santa Vitória do Palmar, extremo sul do Rio Grande do Sul. Ventos derrubaram árvores, interditando a BR 471, que liga Pelotas ao município.

    Em Santa Catarina, a Defesa Civil emitiu alerta para inundações na área entre a Grande Florianópolis e o Litoral Norte. Em São Francisco do Sul, o nível do mar subiu mais de 2,50 metros. O órgão informa que no domingo ainda permanece a possibilidade de alagamentos durante a madrugada e o início da tarde.

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