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    Robinson Alexander Oliveira Meneses Santos (1978-2016)

    Mortes: Sorridente e otimista até diante da doença

    LUISA LEITE
    DE SÃO PAULO

    08/11/2016 00h00

    Quem costumava frequentar a agência dos Correios no centro de São Caetano do Sul, na rua Amazonas, certamente não deixava de notar Robinson Alexander.

    À primeira vista, aquela figura de 1,88 metro poderia intimidar um pouco. Apesar disso, poucos minutos bastavam para todos perceberem que Robinson ainda era uma criança que cresceu demais. Com um sorriso sempre estampado no rosto, o expediente de trabalho se tornava mais leve com todas as suas piadas.

    Nascido em São Paulo, ele foi "um terrorzinho", lembra a mãe, saudosa. Liderava as bagunças e brincadeiras, dentro e fora da sala de aula, desde pequeno. O espírito de criança nunca o abandonou.

    Nem mesmo aos 37, quando, com uma filha de seis anos e outro recém nascido, foi diagnosticado com um câncer na coluna. Encarou todo o tratamento com otimismo e bom humor.

    No ano seguinte, durante a quimioterapia, fez do hospital sua segunda casa. Mostrava, com orgulho, vídeos dos filhos a qualquer um que entrasse em seu quarto. Pediu à mãe que comprasse um tênis novo para o estagiário de nutrição, que sempre andava com calçados gastos. Levava chocolates aos médicos e enfermeiras.

    Após descobrir que a doença se espalhara e que a terapia não faria mais efeito, em outubro, fez um último pedido: que ninguém ficasse triste ou chorasse em seu velório. Queria apenas que os amigos cantassem. Deixou a mulher, Catiane, os filhos, Giulia e Gustavo, sobrinhos, e muitos amigos.

    coluna.obituario@grupofolha.com.br

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