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    Falha na linha 3-vermelha causa filas e plataformas cheias no Metrô de SP

    DE SÃO PAULO

    10/11/2016 08h13 - Atualizado às 11h02

    Moacyr Lopes Junior/Folhapress
    Usuários aguardam trem em plataforma lotada da estação Dom Pedro 2º da linha 3-vermelha=
    Usuários aguardam trem em plataforma lotada da estação Dom Pedro 2º da linha 3-vermelha

    Os usuários da linha 3-vermelha do Metrô paulista ainda enfrentam nesta quinta-feira (10) problemas para embarcar nos trens devido a uma falha no sistema de sinalização, que começou por volta das 17h desta quarta (9).

    O Metrô informou que, para evitar que as plataformas fiquem lotadas, a companhia realiza um controle de fluxo de entrada nas catracas de todas as estações da linha 3-vermelha. Segundo a companhia, é mais seguro o usuário permanecer na fila na catraca do que ter concentração de pessoas na plataforma.

    Do lado de fora de várias estações da linha 3-vermelha, os passageiros enfrentam enormes filas para conseguir embarcar, principalmente entre as estações Belém e Dom Pedro 2°, onde o problema se concentra.

    A companhia informou ainda os trens circulam com velocidade reduzida e maior intervalo de parada entre as estações Belém e Dom Pedro 2°, no sentido Corinthians-Itaquera. No sentido contrário, segundo o Metrô, os trens circulam normalmente. Contudo, a lentidão na linha 3-vermelha também reflete nas demais linhas do sistema, como a linha 1-azul, a linha 2-verde e linha 4-amarela.

    A falha no equipamento de sinalização aconteceu por volta das 17h desta quarta (9) durante o forte temporal que atingiu a cidade de São Paulo. A companhia chegou a fechar todos os acessos por volta das 19h30.

    O Metrô informou que o transtorno na linha-3 não tem relação com a chuva. De acordo com a companhia, funcionários trabalham desde o final da tarde desta quarta para solucionar a falha, mas ainda não há previsão de quando o sistema será normalizado.

    LONGA ESPERA

    Por volta das 9h30, as plataformas de embarque da estação Brás continuavam lotadas, já que a estação também recebe público dos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). "Já estou quase duas horas atrasada. Difícil é explicar pro meu patrão, que não anda de metrô", diz a secretária Fernanda Silva, 27, que tentava chegar ao centro da cidade.

    Os vagões, que circulam em velocidade reduzida, ficavam parados com as portas abertas por mais de cinco minutos na estação. "Hoje foi impossível. Só não foi pior mais cedo porque a CPTM também estava ruim de manhã, então, era difícil chegar aqui. Se não ia explodir a estação", afirmou um segurança.

    Problema na linha 3-vermelha do Metrô de SP

    No sentido contrário, Palmeiras-Barra Funda, o fluxo de pessoas era menor. Muitos carros passavam vazios para pegar passageiros nas estações mais movimentadas, como a Sé, causando revolta em usuários na estação República, também cheia. "Vem o metrô vazio, vazio e a gente não pode entrar?", questiona Lucas Toledo, 21.

    "Nem me recuperei de ontem e já passo raiva hoje de novo, eles não têm respeito nenhum", diz Rogério Pereira, 40, morador de São Miguel Paulista, que tentava chegar à Sé, onde trabalha em uma papelaria. Ele diz que demorou quase duas horas só para conseguir entrar no metrô na noite de terça, e que vai chegar no trabalho atrasado hoje.

    Por volta das 10h30, a situação começava a se normalizar no Brás, com trens chegando e saindo na velocidade normal. O comerciante Jorge dos Reis, 61, esperou meia hora antes de embarcar. "Aproveitei para passar o pedido aqui dos meus clientes", diz, com papel e caneta na mão, sentado em um banco na estação. "Como sou autônomo, não tenho tanto problema de horário. Mas metrô é um problema, na hora que você mais precisa ele tá zicado", diz.

    Passageiros que precisarem de declarações do Metrô atestando a falha são orientados a procurar a central de atendimento na estação Sé ou ligar no telefone 0800-770-7722.

    CRISE NO METRÔ

    A receita obtida pelo Metrô com a exploração de publicidade no primeiro semestre deste ano foi duramente impactada pela crise econômica e chegou ao nível mais baixo dos últimos seis anos.

    De acordo com dados obtidos pela Folha via Lei de Acesso à Informação, os R$ 14,5 milhões arrecadados de janeiro a junho deste ano só ficam aquém dos R$ 12,8 milhões angariados com publicidade nos primeiros seis meses de 2010. Em todos os semestres seguintes os valores sempre superaram o patamar de R$ 16 milhões.

    PUBLICIDADE NO METRÔ - Arrecadação não tarifária em 2015, em % (sem ser com bilhetes)

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