• Cotidiano

    Friday, 03-May-2024 17:30:40 -03

    Alckmin reforça afirmação de que polícia é vítima de 'preconceito'

    ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER
    DE NOVA YORK

    10/11/2016 15h28

    Bruno Poletti/Folhapress
    O governador Alckmin em jantar, em outubro, em homenagem ao prefeito eleito de São Paulo, Joao Doria (PSDB)
    O governador Alckmin (PSDB) em jantar em homenagem ao prefeito eleito João Doria

    O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), corroborou a ideia de que a Polícia Militar é vítima de preconceito, como disse seu secretário de Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, em entrevista à Folha horas antes.

    "Às vezes há, sim, críticas injustas", afirmou Alckmin nesta quarta-feira (10), em Nova York, onde está para apresentar um programa de investimentos do Estado.

    Mais cedo, Barbosa Filho afirmou que não há sequer um nome de PM sob investigação devido à chacina de cinco jovens da zona leste paulistana. O quinteto ficou mais de duas semanas desaparecidos, e seus corpos foram encontrados no domingo (6) em Mogi das Cruzes (Grande São Paulo).

    Antes do desaparecimento dos cinco, um áudio enviado por um dos jovens citava uma abordagem policial. Cápsulas de pistola.40 compradas pelas polícias Militar e Civil de São Paulo foram encontradas próximo aos restos mortais deles.

    Para o secretário de Segurança Pública, os policiais são citados como suspeitos neste caso e em outros do tipo devido a "preconceito" contra a corporação.

    Questionado pela reportagem se concordava com o comentário, o governador deu dois "exemplos práticos" de vezes em que a polícia teria sido tratada de forma equivocada porque cumpria ordens da Justiça.

    "Às vezes há críticas, sim, injustas, porque a polícia está simplesmente cumprindo o que a Justiça determinou. Nós vivemos em democracia. Eu diria que é preciso, às vezes, entender o papel da polícia", disse Alckmin no Council of the Americas, onde teve um brunch com membros da organização.

    Nos primeiro exemplo, o governador citou a ação de policiais militares numa escola do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) em Guararema (SP), em que os agentes cumpriam um mandado de prisão e procuravam um integrante do movimento que estaria no local. "[Um juiz do Paraná] deu uma ordem de prisão para pessoas que cometeram crime", declarou.

    No segundo, afirmou: "Temos muita ocupação, invasão de propriedade em São Paulo. A Justiça determina a reintegração de posse. O que faz a Justiça? Determina que a polícia faça cumprir a decisão. E a polícia tem que ir lá. Infelizmente é muito frequente."

    "A polícia não tem esse condão de decidir 'ora eu cumpro, ora eu não cumpro'. Então é preciso esclarecer a sociedade."

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024