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    mosquito aedes aegypti

    67% dos casos de zika no país foram em mulheres, aponta balanço

    DE BRASÍLIA

    10/11/2016 21h56

    Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde com base nos registros de zika no país mostra que 67% dos casos notificados ocorreram em mulheres, a maioria delas em idade fértil.

    O documento, divulgado pela pasta nesta quinta-feira (10), considera apenas os dados registrados entre janeiro e agosto deste ano –em 2015, o governo ainda não adotava um sistema de notificação dos casos prováveis de zika no país.

    Neste período, foram registrados 196.976 casos prováveis de zika -destes, 132.524, ou 67,3%, foram notificados em mulheres. A faixa etária predominante foi de 20 a 39 anos. Também foram registrados, no mesmo período, 16.264 casos em gestantes.

    No balanço, o Ministério da Saúde ressalta que dado semelhante de número alto de casos clínicos de zika em mulheres também foi observado na Micronésia, outro país que registrou epidemia pelo vírus. Lá, no entanto, homens também tiveram alta prevalência de zika após análise de exames –o que, para a pasta, pode sugerir que infecções assintomáticas são mais frequentes neste grupo, "o que pode explicar, em parte, a alta predominância de mulheres no Sinam [sistema usado para registro]".

    Zika e microcefalia

    Outra hipótese provável é que, diante do aumento dos alertas sobre os riscos de ocorrência de microcefalia, as mulheres tenham procurado mais os serviços de saúde diante de casos de suspeita de zika -daí o maior número de registros.

    Os casos prováveis de zika abrangem atendimentos de pacientes que apresentavam manchas vermelhas pelo corpo, uma das principais características do zika, acompanhadas de outros dois ou mais sintomas, como febre ou uma espécie de conjuntivite sem secreção, entre outros.

    A análise do ministério aponta ainda que, enquanto o risco de infecção por zika nas mulheres e de nascimento de bebês com microcefalia não estiver estabelecido, "é possível que muitas mulheres adiem os planos de ter filhos ou interrompam a gravidez" –o que, segundo o documento, "pode reduzir a taxa de natalidade no país e aumentar os índices de morte materna ou em idade fértil", o que leva à necessidade de reforço nas políticas de enfrentamento do zika, informa.

    Aedes aegypti e doenças

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